O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho efetuou a reconstrução do pé de um homem que tinha sofrido um acidente durante o corte de uma árvore em Santa Maria da Feira. O doente permanece na unidade de cuidados intensivos e, de acordo com a equipa médica, trata-se de um "reimplante com boa viabilidade". A cirurgia demorou nove horas.
Corpo do artigo
A vítima ficou com um pé amputado, na manhã de quinta-feira, quando efetuava trabalhos de poda e abate de árvores na Rua de Candaídos, nas Caldas de S. Jorge. O homem, de 47 anos, foi atingido no pé por um guincho/cabo e foi socorrido no local pelos Bombeiros da Arrifana, seguindo depois para o hospital.
Como a equipa que o socorreu percebeu que uma cirurgia reconstrutiva poderia ser realizada com sucesso, o paciente foi transferido para Gaia. De acordo com fonte desta unidade hospitalar, foi então "ativada a via verde do reimplante, tendo a equipa do serviço de cirurgia plástica, reconstrutiva, craniomaxilofacial, mão e unidade de microcirurgia atuado rapidamente".
A coordenação da operação foi feita por Horácio Costa, diretor do Serviço de Cirurgia Plástica e Reconstrutiva.
A cirurgia teve início às 14 horas de quinta-feira, o dia do acidente, e terminou pelas 23.30. Implicou a reconstrução arterial e venosa, nervosa e óssea e de pele. A equipa médica foi composta por Carolina Gaspar, Rui Vieira, Larissa Lanzaro, Filipa Poleri, Jorge Pinto, Leonor Caixeiro e Horácio Zenha, todos da Cirurgia Plástica - Microcirurgia Reconstrutiva; e por José Marinhas, Luís Miragaia, João Dinis e Nuno Pais, da equipa de Ortopedia.
De acordo com a mesma fonte hospitalar, o homem está na unidade de cuidados intensivos e o reimplante tem boa viabilidade.
Recorde-se que a o Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho é considerado de referência na cirurgia plástica e reconstrutiva. Em 2010, foi realizada uma intervenção inédita a nível mundial através da reconstrução da mandíbula de quatro crianças de 10, 11 e 14 anos que tinham tumores nos ossos da face, tendo sido usado osso da bacia, o mais indicado neste caso, por ser moldável à forma do maxilar. Se não fossem tratados, os quatro menores poderiam morrer por asfixia, uma vez que o tumor não iria parar de crescer.