Disponibilidade total foi a promessa feita aos fiéis minhotos por D. Delfim Gomes, ordenado, ontem, bispo titular de Dume e auxiliar da Arquidiocese de Braga, numa cerimónia realizada na Catedral de Bragança, que se encheu de crentes, de padres e de bispos.
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"Proponho-me abraçar a missão que me foi confiada, com total disponibilidade interior e confiança plena, não em mim que nada sou, mas na graça divina que tudo pode", referiu D. Delfim numa saudação curta, mas através da qual agradeceu a dezenas de instituições de Braga e Bragança, e seus responsáveis, bem como ordens religiosas e elementos do clero de vários pontos do país.
O novo bispo de Dume, que foi pároco em Vila Flor cerca de 30 anos, concelho onde deixa muitas saudades, escolheu um lema ao modo de S. Francisco de Assis: "De boa vontade darei o que é meu e dar-me‐ei a mim mesmo ", afirmou, sublinhando que fará "um serviço vigilante a todos".
Recordar-me de onde sou, a terra que me viu nascer e cresce
Para plasmar nas suas insígnias, D. Delfim, 60 anos, natural de Bragança, onde foi ordenado padre em setembro de 1989, escolheu o ramo de oliveira, símbolo da paz. "Recordar-me de onde sou, a terra que me viu nascer e crescer", observou o bispo de Dume que foi nomeado bispo auxiliar de Braga pelo Papa Francisco no dia 7 de outubro.
A eucaristia de ordenação episcopal de D. Delfim foi conduzida pelo arcebispo de Braga, D. José Cordeiro, que destacou na homilia que "quem preside não se senta num trono nem retira a centralidade do altar".
O responsável pela província eclesiástica de Braga, que inclui a Diocese de Bragança-Miranda, afirmou ainda que "o bispo é, sobretudo, um servidor do Evangelho da Esperança, pela palavra, pelo testemunho de vida, pelos sacramentos, pelo governo pastoral, que conduzirá todos à unidade da caridade".
D. José Cordeiro acrescentou que o governo, na Igreja, deve ser "exercido como um serviço, ou melhor, servir sem se servir" e que "o bispo é, sobretudo, um servidor do Evangelho da Esperança, pela palavra, pelo testemunho de vida, pelos sacramentos, pelo governo pastoral".