As obras de renovação do centro urbano de Famalicão são inauguradas este domingo à tarde. Com um ano de atraso, e mais caras em um milhão de euros do que o previsto, a empreitada pretende implementar uma nova filosofia ao miolo da cidade, sobretudo ao nível da mobilidade.
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A requalificação vem mudar o sentido da circulação, ordenando o estacionamento, criando vias partilhadas por carros, bicicletas, trotinetes e peões e fechando o topo Norte da Praça D. Maria II ao trânsito. Também foram intervencionadas a Praça Mouzinho de Albuquerque e ruas adjacentes.
"Em termos gerais ficou bonito mas em alguns aspetos pouco funcional porque as águas pluviais ainda não escoam devidamente", diz Ana Figueiredo, proprietária de uma loja no topo Sul da Praça D. Maria II. Fala ainda da "falta de iluminação" e alerta para a necessidade das autoridades intensificarem o policiamento para combater o estacionamento indevido.
O presidente da Câmara de Famalicão, Mário Passos, nota que a questão das águas pluviais está a ser resolvida, e que as floreiras colocadas nas ruas também servem para impedir o estacionamento abusivo. Acredita contudo, que esse aspeto tem melhorado e a que mudança será gradual.
Está melhor do que o que estava, agora temos de esperar que os clientes venham
Por seu lado, Adelina Leitão, proprietária de uma pichelaria em plena Praça D. Maria II, reconhece que este tipo de hábitos demora a alterar, e acredita que só "daqui a um ano" será possível fazer um "balanço efetivo" do "novo" centro urbano.
"Está melhor do que o que estava, agora temos de esperar que os clientes venham", nota, lamentando que estes tenham fugido durante os oito meses de obras em frente à sua loja.
Mário Passos reconhece que se tratou de uma "obra muito difícil e complexa" pela "imprevisibilidade" já que não havia cadastro do subsolo e pelo período pandémico que se atravessava.
Conclusão da obra adiada quatro vezes
De resto, esse motivo aliado a um "erro técnico" na construção da pala do edifício do parque D. Maria II foram motivos adiantados para o atraso da obra, que viu a data de conclusão prorrogada por quatro vezes.
O orçamento inicialmente previsto de oito milhões de euros subiu para nove milhões. A cerimónia deste domingo é encabeçada por Mário Passos, presidente da Câmara e António Cunha, residente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N).