A Câmara do Porto viu-se obrigada lançar um novo concurso para a requalificação da Rua da Galeria de Paris, na Baixa, uma vez que o primeiro procedimento ficou deserto.
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O preço-base foi revisto em alta, passando de 516,7 mil euros para perto de 610 mil euros, especifica a autarquia.
A empreitada numa das principais ruas da movida da cidade está a cargo da empresa municipal Go Porto e vai demorar meio ano (180 dias), devendo arrancar em outubro, "de forma a evitar impactos negativos no comércio e turismo durante os meses de maior afluência".
Nessa altura, a epicentro da animação noturna do Porto vai ficar tomada por trabalhos de reabilitação na via pública. "A obra vai decorrer ao mesmo tempo que a intervenção na vizinha Rua Cândido dos Reis, embora esta última com menor complexidade e duração mais curta. Já na Rua da Galeria de Paris, a obra exigirá alterações substanciais, incluindo intervenções na rede de saneamento, nos ramais de águas pluviais e na infraestrutura da Porto Digital", sublinha o município.
O principal objetivo é valorizar a vertente pedonal da artéria. "Para isso, a via será elevada ao nível dos passeios e manterá a atual Zona de Acesso Automóvel Condicionado (ZAAC), limitando o trânsito de veículos", refere o município.
"A obra permitirá ainda recuperar o traçado original da artéria, criada no início do século XX. O pavimento da faixa central será composto por granito branco e diorito preto, evocando a antiga Praça de D. Pedro (atual Praça da Liberdade), agora com um desenho que assegura melhores condições de acessibilidade e conforto para quem circula a pé", detalha o município. Os interessados em participar no concurso público lançado pela autarquia devem apresentar as propostas até ao final do dia 7 de julho.
A intervenção na Rua da Galeria de Paris insere-se no âmbito da Rede 20, "projeto municipal que visa devolver o espaço público aos peões e reforçar a mobilidade suave no centro da cidade".
Na mesma zona, terminaram recentemente os trabalhos de pedonalização das ruas de Santa Teresa e da Fábrica. A obra permitiu criar vias de partilha e coexistência, com a eliminação de desníveis entre a via e os passeios, sobrelevando as faixas de rodagem e prolongando os materiais de revestimento dos passeios nos cruzamentos com os demais arruamentos daquela zona. A segunda fase desta empreitada refere-se à Rua de Cândido dos Reis e terá uma duração de dois meses, custando 251 mil euros.