A Maia lançou nesta sexta-feira as obras do primeiro edifício de renda acessível comparticipado pelo Programa 1º Direito. O edifício "Sobreiro 58" irá servir 58 famílias a partir de 2026. A ministra da Habitação marcou presença e disse que o projeto é o "exemplo do trabalho coletivo" entre os municípios e o Estado.
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Presente no lançamento da obra, a ministra da Habitação, Marina Gonçalves, rasgou elogios ao município maiato pela sua estratégia habitacional e lembrou a importância de haver uma parceria entre o Governo e as autarquias.
"Não tínhamos dúvidas de que, com este trabalho com os municípios, seríamos capazes de tornar esta estratégia mais eficaz, porque não basta habitação. É preciso ter uma resposta que seja digna, que seja adequada e também sustentável. Este é um bom exemplo disso", discursou a ministra.
Segundo a governante, a obra é exemplo da estratégia atual para a crise habitacional, que não se limita à construção de mais casas, mas também tenta resolver situações de condições de insalubridade ou de degradação construtiva.
"Este, na verdade, é o desígnio do que estamos a construir. É garantir que estamos a construir mais parque habitacional público, para responder da mesma forma que nós quereríamos que nos respondessem a nós se tivéssemos a necessidade", disse a ministra.
O novo edifício, que visa colmatar as carências habitacionais, vai nascer junto aos Jardins do Sobreiro, no centro da Maia, e deverá ficar pronto em 2026.
Denominado por Sobreiro 58, o empreendimento de oito mil metros quadrados, terá sete pisos e 58 frações no total. A maioria serão T1, mas estão previstos também T2 e T3.
A obra, que concretiza o arranque do Programa 1º Direito, teve o custo de 8,2 milhões de euros, e conta com a comparticipação do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) em cerca de 95%.
Investimento de 106 milhões em habitação
O presidente da Câmara da Maia, Silva Tiago, adiantou que serão precisas "13 empreendimentos semelhantes para poder resolver as carências das famílias com menores rendimentos".
"São 106 milhões de euros que vamos investir em habitação de custos controlados, com a ajuda do governo central, para resolver as necessidades que a Maia ainda tem", acrescentou o presidente da Câmara.
Segundo o arquiteto Nuno Lopes, "o edifício é vocacionado para pessoas idosas e de mobilidade reduzida", e o objetivo do desenho daquele bloco "é poder ser replicado em outros sítios do concelho".