Primeiro barco elétrico do género na Europa deveria começar a funcionar no final deste ano
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O novo ferryboat elétrico de Aveiro, que fará a ligação a São Jacinto, só deverá começar a navegar no próximo ano e não durante o último trimestre do atual como estava previsto, confirmou esta sexta-feira ao JN fonte da Câmara, admitindo que também dificilmente será no início de 2023. A necessidade de fazer testes em água e a construção da rede de carregamento elétrico nos cais de atracação impede, segundo a mesma fonte, a definição de uma data mais concreta para o primeiro ferry 100% elétrico a ser construído e a operar no sul da Europa entrar ao serviço.
A Câmara informou hoje que o presidente, Ribau Esteves, reuniu-se ontem, quinta-feira, com os responsáveis dos Estaleiros da Navaltagus, no Seixal, para ultimar aspetos técnicos do "ferry" elétrico. "Definiram-se pormenores de natureza técnica e de design, tais como a implementação e gestão da rede de carregamento elétrico nos cais de atracação e os acabamentos do navio", revela a autarquia.
A nova embarcação terá lugar para 260 passageiros (mais 90% do que no atual ferryboat) e para 19 viaturas (mais 30%). Com 38 metros de comprimento, a embarcação terá dois pisos. O de baixo, coberto, albergará os automóveis. O de cima - que tem uma parte interior e outra exterior - é destinado aos passageiros.
O novo ferry, cujo custo ronda os 7,3 milhões de euros - comparticipados em dois milhões por fundos europeus -, vai ajudar na pegada ecológica do município, uma vez que deixam de ser emitidos pelo atual ferryboat, movido a combustível fóssil, 300 toneladas de CO2, anualmente.