O candidato da AD à câmara de Viana do Castelo, Paulo de Morais, afirma que, se for eleito nas eleições de 12 de outubro, pretende ampliar o modelo de transportes públicos urbanos com autocarros elétricos, implementado esta terça-feira pela autarquia gerida pelo Partido Socialista.
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Num encontro informal com jornalistas, convocado para apresentar as medidas por si preconizadas para "os 100 primeiros dias de mandato", declarou que deitará mão da sua anterior experiência na câmara do Porto, para concretizar projetos. E considerou que a disputa da presidência da câmara de Viana, nas mãos do PS há 32 anos, apesar de serem sete os candidatos na corrida [AD, PS, BE, IL, CDU, ADN e Chega], será debatida a dois: o socialista Luis Nobre e ele próprio.
No dia em que uma nova frota elétrica começou a ir para o terreno, às primeiras horas da manhã, após fim da concessão ontem da empresa Transcunha, do grupo Avic, o antigo vice-presidente da câmara do Porto,defendeu que, consigo à frente dos destinos do município, a rede de transportes municipal evoluirá, "com um sistema mais alargado e com muitos mais autocarros".
"Como nós queremos uma rede alargada de transportes, certamente que todos os autocarros que andam por aí vão ser muito úteis para o sistema de transportes, tal como o concebemos, que é um sistema moderno, como paragens decentes, sistemas de informação para os passageiros, muitos transportes, muitas rotas e que é incremental", declarou Paulo de Morais. Para o seu projeto de mobilidade rodoviária urbana, "vão ser necessários muitos mais autocarros, muito mais rotas", incluindo para zonas industriais.
"Viana tem um sistema de transportes de autocarros que é completamente irracional, que é: não há transportes públicos e tem de haver transporte escolar às centenas, e muitos autocarros ficam parados o dia todo. E depois tem de haver transporte para levar os trabalhadores para as empresas na zona industrial, onde nem uma paragem decente há como no Neiva", comentou, resumindo: "nunca vi tanto desperdício. Tanta falta de autocarros e tanto autocarro parado".
"Na câmara do Porto, tudo o que me disseram que era impossível fazer, eu fiz"
Durante a conversa com a comunicação social, o candidato da AD adiantou que "transportará" da sua experiência autárquica no Porto "a vontade" de concretizar projetos, sendo um deles a criação de "um centro de gestão integrada, reunindo serviços municipais, bombeiros, forças de segurança e proteção civil, para garantir resposta rápida em emergência", e outro a implementação do mesmo "modelo de transparência".
"Quando estive na Câmara do Porto, tudo o que me disseram que era impossível fazer, eu fiz", disse, dando como exemplo que "não se faz um centro de gestão integrada em 100 dias, mas planeia-se um centro de gestão integrada em 100 dias". "Vai ser muito importante. Já vi isto a funcionar em muitos sítios e um centro destes a funcionar num concelho, na Europa, é fundamental", considerou.
Quando questionado sobre um prognóstico para as eleições que se avizinham, declarou que um dos "muitos efeitos" que poderão contar para o escrutínio será o de "contágio" dos resultados das Legislativas, e que o embate eleitoral passará por si e pelo atual autarca socialista, Luís Nobre. "Não tenho nenhuma previsão sobre o que vai acontecer. Acho que vão haver aqui grandes mudanças, até porque há um descontentamento muito grande com a gestão da câmara. Há uma novidade no nosso lado que é uma mudança no que era o PSD e o CDS, tudo é novo e estou confiante".