As intervenções nos acessos à Costa da Caparica, o principal destino balnear da capital, já fazem desaparecer os engarrafamentos tão comuns durante os dias de calor. As obras ainda não estão concluídas, estão suspensas durante o verão, mas a paragem não interrompe ou condiciona o trânsito.
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Em causa o reperfilamento da Estrada Florestal, o eixo utilizado no acesso às praias da Caparica e Fonte da Telha, bem como a construção de uma rotunda na entrada da Costa de Caparica, no troço final da via rápida IC20, a substituir o cruzamento com semáforos.
José Ricardo Martins, presidente da Junta de Freguesa da Costa da Caparica, afirma que "o trânsito já flui sem paragens e a situação está substancialmente melhor do que no ano passado. O grande teste vai ser em agosto, mas tudo aponta para uma mudança completa para quem se dirige à Caparica".
As obras arrancaram no final do verão passado e estariam prontas durante o mês de junho, mas imprevistos fizeram com que fossem adiadas. "Na construção da rotunda realizámos trabalhos na rede de abastecimento de água que não estavam previstos e nas obras da estrada florestal, vários calceteiros contraíram covid-19, levando a que houvesse atrasos na construção de ciclovias e passeios ao longo da estrada", diz José Ricardo Martins.
A Estrada Florestal já tem um novo piso longo de aproximadamente 4,6 quilómetros, entre a Praça Nossa Senhora dos Navegantes e o cruzamento no acesso à praia do Rei. Aqui há novas rotundas nas entradas de cada praia. Já há troços de ciclovias e passeios que não existiam, mas não estão concluídos devido à paragem nos trabalhos.
"Temos novos acessos de emergência, para combate a fogos e assistências nas praias", afirma o autarca, para quem a obra é "uma exigência" desde que chegou à junta, em 2014. A par desta obra de acesso às praias, a conclusão das obras na rotunda na entrada da Costa da Caparica está prevista para novembro, depois da época balnear. A rotunda surge com os objetivos de "retirar a carga de trânsito no único acesso para quem vem de Lisboa e dignificar a entrada da cidade", afirma José Ricardo Martins.
2800 milhões de euros
O reperfilamento da Estrada Florestal tem um custo de 2500 milhões de euros e foi reconhecida como ação de relevante interesse público pelo Ministério do Ambiente. A nova rotunda no acesso à Costa da Caparica tem um custo de 300 mil euros. As duas obras estão a cargo da câmara municipal de Almada.