Os pinguins-de-magalhães voltam a poder ser vistos no Oceanário de Lisboa, após 10 meses de obras na sua "casa", que se chama agora "oceano do sul".
Corpo do artigo
Segundo informação do Oceanário hoje divulgada, o novo habitat, "mais amplo, natural e imersivo" tem os mergulhos dos pinguins mais próximos do público.
O novo habitat, que tem de regresso 29 pinguins-de-magalhães e 12 andorinhas-do-mar-inca, recria também as zonas costeiras subantárticas, integrando rochas, cascatas, gelo, estalactites e um espaço para nadar com simulação de ondas de maré.
Há agora mais ninhos, áreas terrestres e aquáticas alargadas, e a partir do piso inferior podem ver-se os mergulhos dos pinguins, lado a lado com tubarões e outros peixes, revela o Oceanário.
Em comunicado, explica também que a intervenção na área dos pinguins começou em novembro do ano passado e terminou agora e que foi a primeira grande reconstrução de um dos habitats originais do Oceanário, inaugurado em 1998 para a Expo"98.
Os trabalhos de requalificação envolveram 136 profissionais de 12 nacionalidades e cerca de 50 entidades, foram liderados pelo Oceanário de Lisboa e tiveram como foco principal "elevar o padrão de bem-estar animal e a diversificação ambiental e oferecer ao público uma experiência de visita ainda mais enriquecedora".
No projeto participaram os arquitetos Ginette Castro e Michael Oleksak, antigos membros da equipa de Peter Chermayeff, autor do conceito original do Oceanário.
A cenografia e a decoração artificial ficaram a cargo da JDC Faux Rock Creations, reconhecida internacionalmente pelo trabalho especializado em recriar ambientes naturais com elevado realismo, diz o Oceanário.
No comunicado explica-se a adoção do novo nome do habitat com o facto de desde 2000 a Organização Hidrográfica Internacional (IHO) reconhecer oficialmente o Oceano do Sul (Southern Ocean) como a quinta bacia oceânica, juntando-se às do Atlântico, Pacífico, Índico e Ártico.
Recentemente, várias instituições científicas e educativas portuguesas passaram a adotar a tradução direta de "Southern Ocean" como Oceano do Sul, em vez de Antártico, e esta passa também a ser a designação do novo habitat dos pinguins no Oceanário de Lisboa, justifica-se no documento.
Inaugurado em 1998, o Oceanário de Lisboa foi projetado pelo arquiteto Peter Chermayeff e incorpora a ideia do oceano como um sistema único, global e sem fronteiras. Desse conceito surgiu o aquário central do Oceanário, rodeado por quatro habitats marinhos distintos.
O Oceanário de Lisboa é membro da Rede Internacional de Centros para a Sobrevivência das Espécies (IUCN-SSC) e trabalha nas áreas da conservação e da ciência. Tem mais de oito mil animais marinhos de 500 espécies.