Moradores queixam-se de fezes e intenso cheiro a urina no espaço público. O cenário terá piorado após vedação de antigo edifício militar, na Avenida de França. Câmara faz limpeza diária e diz acompanhar a situação.
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Aproximam-se as seis da tarde. Quem mora na envolvente à Rua de Domingos Sequeira, no Porto, já sabe o que esperar: um grupo de homens e mulheres começa a juntar-se na parte de baixo do viaduto, onde pernoita. O ritual é este há sete anos, criando um ambiente de intimidação e insalubridade (há urina e dejetos nos jardins). A situação tomou maior proporção, dizem os moradores sob anonimato, desde que o antigo edifício militar, propriedade do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), na Avenida de França, foi vedado pela Câmara por estar a ser indevidamente ocupado.
Em cartões estendidos no chão, os homens deitam-se com telemóveis na mão e bloqueiam a passagem estreita (e ainda mais apertada pelas obras do metro). Têm dois cães e suspeita-se de maus tratos aos animais.