Casal e dois filhos menores, de Vila Verde, ficaram com quartos e casas de banho destruídas num incêndio.
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Um incêndio com origem ainda desconhecida consumiu na madrugada de ontem, quarta-feira, o último piso da moradia onde Luís Ferreira vive com a mulher e os dois filhos menores, um deles doente, em Barbudo, Vila Verde. Ficou sem quartos, duas casas de banho e toda a roupa e mobiliário, mas uma onda de solidariedade, que o deixou "surpreendido", está a dar-lhe alento para "arregaçar as mangas" e reconstruir o que ficou destruído pelas chamas. Os prejuízos ascendem a 60 mil euros.
O incêndio começou cerca da meia-noite e foi notado pela mulher, Célia Cunha, que, à semelhança do filho mais velho, com sete anos, já estava a dormir, no último piso da moradia. "Eu ainda estava na cave a ver televisão quando senti a minha mulher desorientada a descer. Perguntei o que se passava e, quando subo as escadas, já só via fumo. Só tive tempo de pegar no meu filho e sair pela casa fora", recorda Luís Ferreira, acrescentando que o filho mais novo, com nove meses, não estava em casa, porque sofre de uma patologia grave e está internado.
Célia Cunha não pernoitou no Hospital de S. João, no Porto, nessa madrugada para "fazer uma surpresa ao filho mais velho", que andava "com saudades do abraço da mãe", conta o eletricista de automóveis, lamentando "o desastre" que acabou por acontecer. "O fogo terá começado no quarto do meu filho que está hospitalizado. Pode ter sido algum curto circuito no quarto", aponta Luís Ferreira.
Entretanto, uma sobrinha do casal lançou um apelo nas redes sociais para ajudar a família e, a ela, juntaram-se escuteiros e figuras públicas. "É inacreditável. Há pessoas que nem conhecemos que estão a ajudar", regozija-se o vila-verdense de 39 anos.
A família e amigos vão fazer uma recolha de mobiliário e roupa amanhã, às 15 horas, no campo da feira de Vila Verde. Às 18.30 horas, os escuteiros de Barbudo recolhem donativos no adro da igreja local. Domingo, a ação repete-se entre as 10 e as 12 horas. A Junta de Freguesia, também, já acionou ajuda para recolher o entulho deixado pelo fogo e ação social e psicólogos do Município foram igualmente mobilizados.