A Metro do Porto anunciou que, em 2022, atingiu resultados económicos "históricos". Ao melhor EBIDTA "de sempre" - 30,7 milhões de euros - soma-se o facto da operação continuar a ser sustentável: 42 milhões de custos; 53,7 milhões de receitas.
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Com um aumento significativo da procura (56%), que originou a segunda melhor marca de sempre a nível de passageiros (65,2 milhões de validações), a Metro do Porto atingiu, em 2022, resultados financeiros "históricos": "o melhor EBITDA (resultados antes de taxas, impostos, juros, amortizações e depreciações) de sempre, no valor de 30,7 milhões de euros".
O Relatório e Contas de 2022 da empresa foi aprovado por unanimidade em Assembleia Geral. O documento espelha uma redução do prejuízo da empresa: no ano passado, o resultado líquido negativo foi de 46,2 milhões, quando em 2021 tinha sido de 64,7 milhões.
Para o desempenho financeiro contribuiu, além do aumento de passageiros, o aumento da produção, que subiu 10,5%, para chegar aos oito milhões de quilómetros percorridos.
"A velocidade comercial média da rede foi de 25,9 km/h e a taxa de ocupação subiu 5,6 pontos, para 18,9%. A taxa de satisfação dos clientes situou-se em 84,8 pontos, sendo os pontos mais valorizados foram a acessibilidade (90%), oferta do serviço (89%) e a rapidez (87%)", acrescenta a empresa, pormenorizando outros indicadores do serviço.
A operação da rede continua a ser rentável, atingindo-se uma taxa de cobertura de 110% (mais 9,9 pontos percentuais face a 2021). Significa isto que as receitas diretas da exploração totalizaram 53,7 milhões (mais 11,1%), enquanto os custos de operação ficaram-se pelos 42 milhões (mais 7,7%).
Foi em 2015 que a Metro do Porto conseguiu atingir este lucro operacional.
"Mas 2022 ficou ainda marcado pela aceleração na execução dos investimentos de expansão da rede, apesar de uma inflação generalizada e do aumento dos custos das matérias-primas, sobretudo do aço e do betão, em consequência da invasão da Ucrânia. O investimento no exercício foi de 121 milhões de Euros, o montante mais elevado desde 2010", acrescenta a Metro, elencando os projetos em marcha: Linha Rosa (G); extensão da Linha Amarela (D); projetos da Linha Rubi (H) e da nova ponte sobre o rio Douro; projeto do metroBus Boavista - Império; aquisição de 18 novos veículos para a frota de material circulante; e renovação de sistemas técnicos e de apoio à exploração.