
Proposta de reabilitação contou apenas com os votos favoráveis dos três eleitos da coligação PSD/CDS/PPM
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A abertura do novo procedimento para reabilitar o Campo da Vinha foi rejeitada na primeira reunião de executivo. Autarca João Rodrigues critica "impreparação" dos vereadores.
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A primeira reunião do novo mandato da Câmara de Braga ficou, esta segunda-feira, marcada pelo chumbo da proposta de abertura de um concurso de 2,6 milhões de euros para a reabilitação do Largo do Pópulo, conhecido como Campo da Vinha, que contou apenas com os votos favoráveis dos três eleitos da coligação PSD/CDS/PPM, liderada por João Rodrigues. Os vereadores do movimento independente Amar e Servir Braga e da IL votaram contra, enquanto os da coligação PS/PAN e do Chega abstiveram-se.
Na discussão do ponto, o independente Ricardo Silva disse que o Campo da Vinha deve ser olhado como um todo e não "fragmentado em dois polos" e que esta intervenção não tem a "vitalidade e a visão" necessárias. Logo após a proposta ser rejeitada, João Rodrigues afirmou que "a votação é o que é" e lembrou a existência de um financiamento comunitário de 2,6 milhões para a obra, cujo primeiro concurso ficou deserto.
Minutos depois, esse comentário acabaria por ter uma reação de Ricardo Silva, que aludiu a uma alegada falta de informação nos documentos. No final da reunião, o vereador independente disse que "estão a ser misturadas várias empreitadas" no mesmo local, o que "não está plasmado" no documento, que deve ter "informação mais clara", algo que foi também apontado por Pedro Sousa (PS), Rui Rocha (IL) e Filipe Aguiar (Chega). Já João Rodrigues disse que "a informação estava toda no processo" e que os vereadores "têm de se preparar para as reuniões". "As pessoas têm de ter noção daquilo que estão a votar", vincou o autarca, que vai voltar a levar o concurso à próxima reunião.
Reunião com Bosch
João Rodrigues anunciou que terá uma reunião com a administração da Bosch, marcada para esta terça-feira, no seguimento do lay-off anunciado pela empresa. "É algo que me preocupa, porque estamos a falar de um grande empregador", disse o presidente da autarquia, depois de ter sido questionado pelas várias forças representadas no executivo.

