Oposição pede limite de velocidade e iluminação para travar atropelamentos em Braga
Os vereadores de PS e da CDU mostraram-se, esta segunda-feira, alarmados com o número de atropelamentos em passadeiras em Braga e pediram que sejam implementadas medidas, nomeadamente limitação de velocidade e de iluminação. O presidente da Câmara, Ricardo Rio (PSD), anunciou que será feito um estudo “robusto”.
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No período de antes da ordem do dia da reunião de executivo municipal, o vereador socialista Ricardo Sousa lembrou a ocorrência de mais dois atropelamentos na semana passada em Braga para voltar a colocar o tema em cima da mesa, sublinhando que há “sítios críticos” nos quais “é preciso fazer alguma coisa”.
“Esta situação reforça a urgência de medidas para reduzir o elevado número de acidentes envolvendo peões, uma estatística preocupante em Braga e que não pode ser ignorada”, disse Ricardo Sousa, para quem “é urgente implementar soluções concretas e eficazes para melhorar a segurança nas passadeiras e reduzir o número de atropelamentos”.
“Seja por melhorias na sinalização, iluminação, colocação de lombas ou outras intervenções, é essencial que o município aja de forma proativa para proteger os peões e evitar que Braga se destaque negativamente neste tema”, frisou.
Ricardo Sousa pediu ainda um ponto de situação sobre o grupo de trabalho constituído recentemente para analisar a segurança rodoviária, particularmente nas zonas próximas às escolas, no seguimento de um atropelamento de uma criança, perto da Escola Alberto Sampaio, em novembro.
Na mesma linha, o vereador da CDU, Vítor Rodrigues, disse que há uma “componente de civismo que não está, pelo menos diretamente, nas mãos da Câmara Municipal, mas é preciso de facto tomar medidas”, desde logo para obrigar os condutores a reduzir a velocidade e para tornar as passadeiras mais iluminadas.
“Há um problema crónico de falta de iluminação de passadeiras”, enfatizou o representante comunista, sublinhando que através de “medidas simples”, como o reforço da sinalização e da iluminação, será possível contribuir para aumentar a segurança de quem circula nas estradas, quer ao volante, quer a pé.
Introduzir melhorias
Na resposta, o presidente da Câmara, Ricardo Rio, disse que a equipa de trabalho criada “realizou um levantamento das situações nas envolventes das escolas” e que “estão a ser introduzidas melhorias”, umas a cargo dos serviços municipais e outras através de contratualização externa.
O autarca adiantou que, na sequência disso, será feito um “estudo bastante mais robusto” para avaliar a segurança rodoviária na globalidade e sublinhou que as obras realizadas pela autarquia pretendem reduzir a velocidade a que os veículos circulam, sobretudo nas chamadas variantes.
“No caso da Variante do Fojo, onde esta semana houve um atropelamento, a intervenção que será feita visa claramente a dissuasão da velocidade”, afirmou. Segundo Ricardo Rio, também a própria integração do BRT (Bus Rapid Transit) será um “fator de transformação” para a mobilidade, “reconfigurando” algumas das vias mais problemáticas. “Estamos a acautelar essas circunstâncias, sendo certo, e é forçoso dizer, que o principal fator é obviamente a velocidade”, concluiu o autarca.