A gestão municipal da Câmara do Marco de Canaveses, no ano de 2022, teve um saldo de 17,3 milhões de euros. O valor vai ser incorporado no Orçamento de 2023, permitindo à autarquia margem de manobra para "fazer investimentos fundamentais" para o concelho.
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Com a incorporação do saldo de gerência de 2022, agora aprovada pela maioria socialista na Assembleia Municipal, o orçamento da Câmara do Marco para 2023 passa a ter uma dotação global de 63,9 milhões de euros, o maior da história autárquica marcuenses.
O PSD absteve-se na votação da revisão orçamental, "de acordo com aquilo que já tinha feito em dezembro" na votação do orçamento municipal, considerando que "deveria haver um esforço na redução das despesas correntes".
"Este reforço de dotação permite executar investimentos novos, já em 2023, e iniciar outros, também novos, que se prolongarão ainda por anos seguintes", explica Nuno Pinto, vereador com o Pelouro das Finanças municipais.
Em causa, segundo o responsável, estão projetos como: a Ecopista do Tâmega; a requalificação da Casa dos Arcos; a requalificação da zona envolvente à Estação do Juncal em Paredes de Viadores e Manhuncelos; do Largo da Livração em S. Isidoro e Livração; da Rua Dr. Álvaro Augusto Gomes Vieira na freguesia do Marco; a construção da ETAR e redes de água e saneamento em Avessadas e Rosém.
O bónus orçamental permite também fazer face à revisão de preços de alguns investimentos em função da inflação. A título de exemplo, a obra de requalificação do Cais de Bitetos, por causa da revisão de preços, "vai custar mais 357 mil euros". Inicialmente esta empreitada representava um investimento de cerca 1.430.000 euros, financiados em 85% pelo Norte 2020 através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
"Reforçadas" no orçamento camarário serão ainda "as verbas para a requalificação de escolas e equipamentos desportivos municipais (incluindo instalação de equipamentos que visam melhorar a eficiência energética como luminárias led e painéis fotovoltaicos), para as obras de proximidade como pavimentação a cubos, betuminoso, microaglomerado e muros de suporte (+ 850 mil euros) e para as transferências para as Juntas de Freguesia (+425 mil euros), associações (+440 mil euros) e para as famílias (+100 mil euros) através dos apoios sociais", explica a fonte municipal.
"Aumentar o investimento de forma a melhorar o serviço público que prestamos e a qualidade de vida aos marcuense" é, para a presidente de Câmara, Cristina Vieira, "a melhor resposta aos tempos de incerteza que vivemos".