O fogo que lavra desde sexta-feira, em Monchique, no Algarve provocou uma grande nuvem de fumo que foi captada pela Agência Espacial Europeia e comporta riscos de saúde para quem tem problemas respiratórios.
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O astronauta Alexander Gerst, que segue a bordo da Estação Espacial Europeia captou uma imagem que demonstra o impacto do incêndio de Monchique. Na fotografia, entretanto publicada no Facebook, pode ver-se uma extensa nuvem de fumo a cobrir a mancha verde daquele que é o "pulmão" da região algarvia.
https://www.facebook.com/EuropeanSpaceAgency/posts/10156332489455667:0
Num outro post no Facebook é percetível a ver a movimentação do fumo para sudoeste em direção ao Oceano Atlântico.
https://www.facebook.com/eumetsat/photos/a.455293927821983.105048.172169736134405/2297779300240094/?type=3
Partículas libertadas são perigosas
Apesar das imagens mostrarem apenas uma pequena parte do Algarve, em toda aquela região se sentem os efeitos do fumo. Numa altura em que o Algarve está repleto de turistas, o número de pessoas expostas ao fumo é ainda maior. "O fumo é irritante para as vias respiratórias, especialmente para quem tem problemas crónicos", explica, ao JN, Libério Ribeiro, da Sociedade Portuguesa de Alergologia Pediátrica.
"Todo o tipo de fumo é perigoso, como o que acontece com o tabaco. Nestas situações, em que há um aumento exponencial de fumo no ar, quem tem problemas, tanto de respiração como cardíacos, está mais suscetível à hiperatividade brônquica", acrescenta o especialista, que deixa um alerta: "Mesmo as pessoas saudáveis devem ter cautelas. Basta ver os bombeiros, pessoas normalmente saudáveis, e que sofrem intoxicações".
Sobre a melhor forma de proteção nestas situações, Libério Ribeiro recomenda que se fechem as janelas e se ligue o ar condicionado em casa. "Quem está na praia deve estar atento, principalmente caso surja um incêndio por perto", avisa.