O padre de Aveleda, em Lousada, não realizou o funeral de um idoso da terra, alegando ter de apanhar azeitonas numa quinta no Douro. Revoltada, a família protestou este domingo à porta da igreja, após a missa.
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Augusto Campos sempre foi um homem ligado à Igreja e quando faleceu, com 90 anos, a família quis cumprir os seus desejos de ter uma cerimónia religiosa na terra onde nasceu.
"Chamámos um armador que tratou de tudo, mas avisou-nos que tinha que arranjar outro padre, porque o de Aveleda tinha-lhe dito que não podia fazer as cerimónias. Tinha de ir apanhar azeitonas numa quinta que tem no Douro. Ficámos magoados, mas acabámos por ficar revoltados quando o vimos a passar duas vezes pela capela onde estava o corpo, sem sequer nos dar os sentimentos", disse, ao JN, Duarte Campos, filho do defunto.
Augusto Campos morreu há 15 dias, no lar da Misericórdia de Lousada, de doença prolongada. No domingo, o padre António Correia avisou do falecimento na missa, mas não foi falar com a família. "Fizemos o velório e o padre passou por nós duas vezes e não entrou sequer na capela. Tivemos de arranjar um padre do concelho de Vizela, que fica a 25 quilómetros daqui", conta Manuel Moura, genro do falecido.
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