Para atenuar os problemas de mobilidade interna do concelho de Paredes, a Câmara quer avançar com um sistema municipal de transportes que ligue a cidade e as freguesias.
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O projeto ainda está em estudo, mas o presidente da Autarquia adianta ao JN que pressupõe a aquisição de, pelo menos, cinco mini-autocarros, num investimento que deve ultrapassar os 600 mil euros, assim como a contratação de motoristas.
"Ainda durante este mandato iremos ter um autocarro a circular na cidade de Paredes, como se fosse um metrobus e outros a fazerem a ligação às várias cidades e freguesias do concelho para que ninguém, por falta de mobilidade, deixe de assistir a um concerto, teatro ou evento desportivo em Paredes", observou Alexandre Almeida, acrescentando que facilitar o acesso aos diferentes serviços é outro objetivo.
"Existe sistema de transportes para fora do concelho, mas internamente não temos. Vamos criar esse sistema municipal", acrescenta o edil, que defende que é preciso criar a oferta para depois haver procura, ao contrário do que sucede com as linhas dos operadores privados. O circuito ainda está a ser estudado, mas o autocarro na cidade vai circular durante todo o dia, ligando diversos pontos de interesse. Já as ligações das freguesias a Paredes (cidade) poderão ser diárias, mas começarão com particular incidência quando houver grandes eventos.
"Este será um primeiro passo para criar hábitos. Qualquer pessoa conseguirá circular na cidade de Paredes sem precisar do carro. Penso que faz sentido esse investimento e mobilizar as pessoas para viverem mais dentro do concelho. Os investimentos feitos na cidade não podem ficar restringidos só a quem vive na cidade de Paredes. As outras pessoas do concelho também têm de poder usufruir desses equipamentos", sustenta Alexandre Almeida, referindo-se ao pavilhão multiusos, piscina verde, estádio das Laranjeiras (prestes a reabrir) e ao novo auditório e centro de congressos (em construção), entre outros.
As contas ainda não estão fechadas, mas a implementação deste sistema de transportes vai exigir à Autarquia a aquisição de autocarros e a contratação de motoristas. "Se forem uns cinco autocarros de 35 lugares, na ordem de 120 mil euros cada um, o investimento inicial será de mais de 600 mil euros", a que acresce a contratação de funcionários, contabiliza o autarca.