Depois da Alfândega do Porto, que acolheu as duas últimas edições, é agora a vez de o parque de S. Roque receber a exposição de camélias da cidade. A mostra está agendada para o primeiro fim de semana de março, num local que já de si é um dos mais emblemáticos para quem aprecia esta flor, que veio do Oriente para Portugal no século XIX ou mesmo nos finais do século XVIII.
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Além das frondosas árvores que se espalham por vários pontos do parque de S. Roque, o visitante poderá conhecer as propostas de cerca de 30 produtores de todo o país. A 27.ª edição da Exposição de Camélias do Porto irá decorrer nos dias 4 e 5 de março com um programa pensado para toda a família e que inclui os habituais mercado e concurso. Haverá música, oficinas, visitas guiadas e espetáculos de novo circo e marionetas.
Quem costuma andar de metro e de comboio poderá ser surpreendido com algumas iniciativas programadas para a véspera, com o intuito de divulgar a exposição. Assim, no dia 3 serão distribuídas camélias e informação alusiva à flor também conhecida como japoneira, nas estações da Trindade (das 10 às 11 horas), S. Bento (entre as 14 e as 15) e Casa da Música (das 16 às 17). Ricardo Ferreira é o artista responsável por esses momentos de animação e será muito fácil vê-lo: estará munido de umas andas com dois metros e meio de altura e vestido a rigor para anunciar a mostra.
Paralela ao programa e com lugar marcado no jardim botânico da Universidade do Porto, vai decorrer no domingo a cerimónia de plantação da camélia "Vinho do Porto", a partir das 11 horas. Trata-se de uma nova variedade de patente portuguesa e foi criada por Rodrigo Leitão, produtor de Penafiel.
Entre os dias 1 e 5, será possível participar nas visitas guiadas ao jardim e à Casa São Roque a título gratuito, mas é necessário fazer uma inscrição prévia, até porque as visitas são limitadas a grupos de 30 pessoas.
A abertura ao público da exposição está marcada para as 14 horas de sábado. A iniciativa, de acesso livre, é organizada pela Câmara e pela Associação Portuguesa das Camélias, em parceria com a Casa São Roque.
A ligação do Porto às camélias é histórica e são muitos os locais da cidade, públicos ou privados, onde estas flores imperam. Ficam aqui alguns exemplos: jardins do Museu Nacional Soares dos Reis, parque de Serralves, Fundação Engº António de Almeida, jardins do Palácio de Cristal ou parque de Nova Sintra.