A CDU/Gaia considera "positiva" a criação de um parque urbano na Madalena, no local para onde estava previsto um polo tecnológico avaliado em 700 milhões de euros.
Corpo do artigo
A Câmara vota nesta segunda-feira a anulação do contrato-promessa de compra e venda dos terrenos a um grupo de investidores luso-brasileiros que se propunham avançar com o mega-projeto, mas que, segundo a Autarquia, falhou um dos prazos de pagamento estipulados, designadamente o que diz respeito ao reforço do sinal. Com o polo tecnológico a cair por terra, o Município avançará com o Ecoparque do Atlântico no antigo parque de campismo.
A decisão merece a concordância da CDU, que em comunicado deixa críticas ao negócio dos terrenos. "A suposta empreitada do Polo Tecnológico foi apresentada sem o necessário debate dos órgãos autárquicos municipais e, num registo propagandístico, nunca existiu informação sobre os trâmites exatos acerca das intenções dos investidores, como se veio a confirmar pelas noticiadas abordagens de aumentar a capacidade construtiva", afirmam.
Ao JN, o promotor - grupo Gestão Capital - já tinha desmentido que tivesse pedido o aumento da capacidade construtiva e argumentou que foi a Câmara quem falhou no processo, ao não diligenciar a aprovação das contrapartidas necessárias ao avanço do empreendimento que, segundo as previsões, criaria 15 mil postos de trabalho.
A CDU saúda a manutenção dos terrenos na esfera pública, frisando a "fundamental preservação do património arqueológico da Mamoa da Madalena e da Estação Paleolítica do Cerro".