As Danças Rituais dos Pauliteiros nas Festas Tradicionais de Miranda do Douro já constam do Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial (INPCI), informou esta segunda-feira a autarquia.
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O decreto-lei destaca “a importância de que se reveste esta manifestação do património cultural imaterial enquanto reflexo da identidade da comunidade envolvente e a sua profundidade histórica e evidente relação com outras práticas inerentes à comunidade”.
A dança dos Pauliteiros, em que os bailadores usam paus, é uma tradição muito antiga e arreigada no concelho de Miranda do Douro, onde quase todas as freguesias têm um grupo.
“Não se consegue precisar a origem das danças dos pauliteiros ou de paulitos, podendo tratar-se de uma sobrevivência da denominada “dança de espadas”, segundo alguns danças pírricas de origem helénica introduzidas pelos romanos na Península Ibérica”, descrevem os investigadores, no documento de candidatura.
“Foi um trabalho árduo de praticamente quatro anos. Foi um trabalho iniciado pelo anterior executivo, mas quando tomámos posse neste primeiro mandato na Câmara de Miranda do Douro, verificámos a candidatura, que, do nosso ponto de vista, era parca e não tinha o valor que deveria ter”, vincou a presidente da Câmara de Miranda do Douro, Helena Barril, à agência Lusa.
“São oito as festas em que as danças rituais mirandesas dos pauliteiros marcam uma presença assinalável, nomeadamente São Brás e Santa Bárbara (Cércio), Festa dos Moços ou S. João Evangelista (Constantim), Nossa Senhora do Rosário (Palaçoulo, Póvoa e S. Martinho), Santa Bárbara (Prado Gatão), Santo Isidro Lavrador (Quinta do Cordeiro), Festa do Menino Jesus e Nossa Senhora do Rosário (Póvoa)”, descreve uma nota do Património Cultural, Instituto Público.