PCP denuncia derrocada de parte de uma arriba e exige medidas para evitar novos desabamentos
O desabamento de parte de uma arriba junto à estrada do porto e abrigo da Marina de Albufeira foi denunciada hoje pela comissão concelhia do PCP local que exigiu medidas urgentes para evitar mais derrocadas.
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Rui Fernandes, do PCP de Albufeira, disse à agência Lusa que um pescador alertou o Partido, a semana passada, do desabamento de uma camada de cimento que estava a conter a arriba, que acabou por cair numa das faixas de rodagem da estrada.
O PCP, que colocou no sítio da Internet fotografias da arriba, apelou para "uma urgente intervenção que previna qualquer acidente de outra dimensão".
Depois de em Agosto a queda de uma arriba na praia Maria Luísa ter feito cinco mortos e de um mês depois se ter registado outra derrocada na praia de Santa Eulália, embora sem consequências, o PCP diz que "agora desabou a arriba situada na entrada para o Porto de Abrigo e para a Marina" de Albufeira e só "por sorte nenhum carro ia a passar".
Os comunistas sublinham, em comunicado, que o desabamento está a gerar "também instabilidade na estrada que passa por cima" da arriba e advertem que "na parte virada para o mar, a mesma apresenta fissuras que, a qualquer momento, pode conduzir a novo derrube".
O PCP exige à Câmara Municipal de Albufeira e outras autoridades locais que "reflictam sobre o que têm andado a fazer" e "como têm permitido o volume de construção".
A Lusa contactou as relações públicas da Administração da Região Hidrográfica (ARH) do Algarve, entidade com responsabilidade na conservação do litoral costeira, que disse desconhecer a existência da alegada derrocada da arriba situada na entrada do Porto de Abrigo.
Segundo o assessor da ARH/Algarve, João Prudêncio, a ARH "não tem responsabilidade" na zona dessa arriba e que se trata de um "espaço concessionado a uma empresa privada".
A Lusa também contactou a Câmara Municipal de Albufeira para obter um comentário sobre a alegado desabamento, mas o chefe de gabinete da presidência, Paulo Dias, afirmou que a autarquia desconhecia o desabamento, recordando apenas que há cerca de um meses existiram na zona em questão "obras de contenção de terras que tinham cedido".
A Autoridade Marítima também adiantou à Lusa que houve o registo de um desmoronamento junto à arriba há cerca de um mês, "na altura das primeira chuvas", e que a Câmara tinha colocado na altura "protecções de cimento na zona".