Testes às refeições servidas nas escolas de Oliveira de Azeméis confirmaram a presença de salmonela no Peixe à Brás consumido a 13 de Outubro pelas crianças que, ao longo da semana seguinte, mostraram sintomas de gastroenterite.
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As análises aos produtos biológicos dos estudantes intoxicados indicadram a presença de salmonela, disse Francisco Borges, delegado de Saúde em Oliveira de Azeméis.
O responsável adianta que "há pelo menos duas hipóteses" para explicar a salmonelose: "Pode ter sido o peixe que estava contaminado e foi confeccionado já em mau estado, sem que ninguém percebesse; ou pode ter sido uma pessoa já doente a contaminar a comida, ao manuseá-la na preparação."
O abastecimento de refeições às escolas onde foram detectados casos de intoxicação por salmonela cabe à empresa Eurest Portugal, cuja direcção disse à Agência Lusa estar "a aguardar resultado das análises que vão possibilitar identificar o tipo de salmonela encontrado, procurando assim saber qual a origem."
A Eurest adianta também que, "em parceria com a entidade de saúde, efectuou exames médicos extraordinários a todos os funcionários da empresa envolvidos na preparação das refeições", esperando agora a conclusão dessas análises.
Para o delegado de Saúde de Oliveira de Azeméis, "enquanto não saírem os resultados a explicar onde é que o peixe foi contaminado, tudo o que se possa dizer é especulação."
Ainda não há dados precisos quanto ao número de crianças cuja intoxicação alimentar se ficou a dever a salmonelas, mas o problema afectou as EB1 e jardins-de-infância de três agrupamentos de escolas, sendo que cerca de 150 crianças faltaram às aulas nos dias imediatamente a seguir ao 13 de Outubro.
Dessas, cerca de 30 receberam tratamento no Hospital S. Sebastião, na Feira, onde algumas ficaram em regime de internamento de curta duração.