As piscinas municipais de Rio Tinto, Gondomar, encerradas há quase três anos, reabrem a 1 de março, depois de terem passado por obras de remodelação.
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Os utentes estão a ser contactados para renovarem a inscrição, tendo 600 pessoas já tratado do assunto. Quando encerraram, as piscinas de Rio Tinto tinham 2500 utentes.
Os preços, segundo o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, "vão manter-se inalterados".
Com as obras, o equipamento, onde treinam os campeões nacionais de pólo aquático do Gondomar Cultural, não só ganhou uma nova entrada mais ampla, como também novos balneários, ginásios e acessos para pessoas com mobilidade reduzida.
"Sucessivos azares"
A ideia da Câmara era "aproveitar a paragem forçada por conta da pandemia para realizar obras no equipamento".
Todavia, "sucessivos azares" foram ditando o adiamento da abertura e a intervenção, que iria custar 472 mil euros (mais IVA), acabou por ter uma fatura superior a 850 mil euros.
As piscinas encerraram a 18 de março de 2020, por imposição da covid-19, lançamos o concurso da empreitada num tempo recorde e a 6 de janeiro de 2021 iniciaram-se os trabalhos que deveriam ter durado seis meses", recordou o presidente da Câmara, Marco Martins. O autarca justificou a demora com "sucessivos atrasos por parte do empreiteiro", a "falta de materiais" e o surgimento de alguns problemas no equipamento.
Em outubro do ano passado, a CDU chegou inclusive a organizar um protesto por as piscinas estarem fechadas "há dois anos e meio".
Marco Martins recordou que em março de 2022, quando se preparavam "para arrancar com o sistema, para encher a piscina, verificou-se uma avaria no sistema hidráulico, que teve de ser parcialmente substituído".
A adjudicação da reparação acabou por acontecer em maio, custando mais 146 mil euros (mais IVA).
Já em agosto, após reparação da parte hidráulica, ao encher a piscina "foi detetada uma fissura/fuga no tanque principal". A obra de reparação acabou por ser adjudicada no mês seguinte, aumentado a fatura em mais 122 mil euros (mais IVA).
Ou seja, "a empreitada que iria demorar seis meses e onde inicialmente estava previsto gastar cerca de 472 mil euros (mais IVA), acabou por demorar um ano e dois meses e custar mais de 850 mil euros", resumiu o autarca, referindo que os prejuízos para a Autarquia, devido ao fecho, rondaram "os 150 mil euros por mês".
E sublinhou: "A Câmara não tinha interesse nenhum em manter este espaço com 30 anos fechado, mas o que é certo é que o equipamento nunca tinha sofrido uma intervenção de fundo".
Piscina de Fânzeres vai permanecer fechada
Das sete piscinas municipais, vai permanecer encerrada a de Fânzeres, que fechou portas "ainda antes da pandemia".
Situada em cima de um aterro, um dos dois edifícios do equipamento "corre o risco de ruir", confirmou o autarca.
"Será preciso lançar concurso para ali realizar uma obra estrutural", o que deverá acontecer em maio, sendo necessário "destruir totalmente um dos edifícios e alterar o seu local".
A empreitada terá um custo superior a um milhão de euros.