Plano de ação climática prevê recuo de costa em Castelo do Neiva e Amorosa
A elaboração de estudo e de projeto de intervenções de recuo planeado de áreas críticas na costa, em Amorosa e Pedra Alta (Castelo do Neiva), nos próximos quatro anos, é uma das 55 medidas contempladas no Plano Municipal de Ação Climática de Vila do Castelo. O concelho tem 1020 construções em área de risco costeiro.
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Ainda não há calendário para a concretização das ações contempladas no Programa da Orla Costeira Caminha-Espinho (POC-CE) e vertidas naquele documento, mas o presidente da Câmara de Viana do Castelo, Luís Nobre, entende que, face à subida do nível das águas do mar, estas devem ser preparadas e avançar para "proteção de pessoas e bens". Nos dois núcleos, situados junto à orla marítima, a sul da sede de concelho, "a maioria das construções são segunda habitação", afirma o autarca, defendendo, contudo, que, caso haja necessidade, também devem ser encontrados "mecanismos" de realojamento ou compensação para habitações permanentes.
O PMAC de Viana do Castelo identifica "1020 edifícios em áreas de risco costeiro", concentrados "nas freguesias de Castelo do Neiva (35%) e Chafé (27%)", o que representa "3% do edificado do concelho". São dados populacionais da Base Geográfica de Referenciação de Informação (BGRI dos Censos de 2021) relativos às zonas edificadas que intersetam faixas de salvaguarda identificadas no POC-CE", que também indicam que há "1915 indivíduos em áreas de risco costeiro (2,2% da população do concelho), dos quais 26% residem na freguesia de Castelo do Neiva e 24% na União de Freguesias de Viana do Castelo e Meadela".