A Câmara Municipal de Famalicão vai recrutar mais dez polícias municipais. Atualmente, a Polícia Municipal conta com 17 elementos.
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O aumento das responsabilidades desta força policial e o "desinvestimento nacional" no efetivo da PSP e da GNR são motivos evocados para as novas contratações.
O concurso público para a contratação de cinco polícias municipais já tinha sido autorizado, mas entretanto a Autarquia decidiu aumentar o número de contratações para dez. Um acréscimo que o executivo municipal autorizou esta quinta-feira, em reunião de Câmara.
"Esta é a resposta que a Câmara dá ao desinvestimento nacional na segurança", adiantou o autarca de Famalicão, Paulo Cunha, no final da reunião .
"Estamos a criar condições para que do ponto de vista do que é competência do município, tudo seja feito para que a sensação se segurança e a segurança efetiva possa acontecer", adiantou. "A Polícia Municipal não vai substituir agentes da PSP e da GNR, eles são insubstituíveis, mas é o que está ao nosso alcance", continuou.
Paulo Cunha já tinha apontado o "decréscimo de efetivos" nas polícias no ano passado, e entretanto diz ter reunido com o Secretário de Estado da Administração Interna e ter ficado "preocupado".
"Neste momento não há reforço de efetivo a ser equacionado quer para a PSP quer para a GNR, e não há formações em curso que permitam concluir que daqui a um ano vamos ter reforço", notou.
O presidente da Câmara de Famalicão admite que se trata de um "problema nacional" mas considera que "era necessário mais efetivo". "Vamos ter cada vez menos agentes da PSP e da GNR a patrulhar seja em Famalicão seja noutros territórios e isso deixa me muito preocupado", afirmou.
Cunha admite que não conhece o número exato de efetivos de cada uma das forças de segurança no concelho, mas sublinha que "deixou de haver a convivência" diária com estes operacionais. "Há uns anos cruzávamo-nos na rua com agentes da PSP e da GNR a circular de forma apeada ou de carro, isso hoje não acontece. Vemos em situações de urgência ou em circunstâncias anómalas. Deixou de acontecer porque não há efetivo suficiente", apontou.