<p>A Junta de Sangalhos, Anadia, vai aproveitar pedras da recentemente demolida ponte do Canha, erguida em 1858, no reinado de D. Pedro V, para construir uma pequena réplica que poderá ser instalada no lugar de Sá.</p>
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Sérgio Aidos, presidente da Junta de Sangalhos, acrescentou que as restantes pedras calcárias da ponte poderão ser distribuídas por espaços verdes da freguesia ou das freguesias de Mogofores ou de Arcos se os seus responsáveis estiveram interessados.
Duas das pedras que se encontravam na ponte com as inscrições "Reinado de D. Pedro V" (foto) e "1858" vão enriquecer o acervo museológico das Estradas de Portugal.
"Esta ideia surgiu-nos logo que tivemos conhecimento de que a ponte ia ser demolida e procurámos junto das Estradas de Portugal que a maioria das pedras ficasse na nossa posse", adiantou, ao JN, Sérgio Aidos.
O autarca conta " iniciar a construção da réplica da ponte no mais breve espaço de tempo, talvez dentro de um ou dois meses,", iniciativa que necessita, no entanto, de ser licenciada pelas Estradas de Portugal e que será objecto de um projecto feito pelos serviços técnicos da Câmara de Anadia.
As pedras da velha ponte do Canha estão a ser "armazenadas" num terreno de um particular até que possam ser utilizadas para a construção da réplica daquela obra de arte.
Sérgio Aidos rejeitou que a demolição da velha ponte do Canha, que tinha cerca de 150 anos, tenha sido objecto de qualquer indignação da população de Sangalhos e considerou que aquela obra de arte "não tem qualquer outro valor histórico a não ser que era uma ponte com mais de cem anos".
"A ponte era muito estreita e se dois carros se cruzassem e fosse um peão a circular, o mais provável era que fosse atropelado, porque a ponte não tinha largura suficiente", acrescentou Sérgio Aidos.
A velha ponte será substituída por uma outra mais larga que irá entroncar no Itinerário Complementar 2 (IC2) e servirá ainda como principal acesso ao Velódromo que está a ser construído. "Tínhamos que ter acessos em condições", referiu Sérgio Aidos, salientando que a obra é da responsabilidade das Estradas de Portugal.