A ponte do Bôco, que faz a ligação entre os concelhos de Amares e de Vieira do Minho, vai reabrir ao trânsito no próximo domingo, quase cinco anos depois de ter sido fechada por questões de segurança, o que motivou a realização de obras. Trajeto alternativo para pesados obrigava a fazer dezenas de quilómetros.
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A intervenção naquela que é a ponte de betão armado mais antiga no país custou mais de meio milhão de euros e foi assumida pelas duas Câmaras Municipais, que farão a inauguração da estrutura no domingo, às 11 horas, momento em que será reativada a circulação entre as freguesias de Bouro Santa Maria (Amares) e de Parada de Bouro (Vieira do Minho).
Segundo o presidente da Câmara de Amares, Manuel Moreira, a reabertura da ponte é “importantíssima” para as populações de ambos os concelhos, uma vez que “há muitas pessoas a morar de um lado e a trabalhar do outro”.
Com a ponte do Bôco encerrada, segundo o autarca de Amares, a alternativa era andar cerca de três a quatro quilómetros a mais para poder fazer a travessia através da barragem da Caniçada, mas “o grande problema eram os veículos pesados”, que tinham de percorrer “dezenas de quilómetros” para realizar o trajeto.
“Tinham de ir às pontes de Rio Caldo [no concelho de Terras de Bouro, a 12 quilómetros] ou de vir à Ponte do Porto [em Amares, a 14] para fazer a ligação, porque na estrada da barragem não podem passar pesados”, explicou Manuel Moreira ao JN.
A obra incidiu no reforço de muros com injeção de betão, colocação de novo reforço estrutural em ferro e de novo tapete. A intervenção dotou ainda a infraestrutura de capacidade para a circulação de veículos pesados sem qualquer tipo de restrição.
Construída entre 1908 e 1909 sobre o rio Cávado, a ponte do Bôco, também conhecida como ponte de Parada, está classificada como monumento de interesse público desde 2016.
Em janeiro de 2019, as Câmaras de Vieira do Minho e de Amares decidiram proibir o trânsito, com recurso à colocação de barreiras físicas de ambos os lados, devido a questões de segurança, pelo facto de a ponte apresentar fissuras e ter algum ferro exposto.
As autarquias chegaram a equacionar a construção de uma nova ponte, mas essa ideia acabou por não avançar, tendo os municípios acordado fazer a reabilitação da atual estrutura.