População dos Arcos usa feriado municipal para reabilitar sede de clube afetada por incêndio
A população de Arcos de Valdevez aproveitou o feriado municipal do concelho, que se comemorou esta quinta-feira, e mobilizou-se para ajudar a limpar, remover escombros e reabilitar a sede do clube desportivo ADECAS, que foi consumida por um incêndio no passado domingo.
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Algumas dezenas de pessoas juntaram-se pela manhã e puseram as mãos à obra, deixando, ao longo do dia, as instalações do clube prontas a receber as obras necessárias para esta voltar a ser o que era.
O presidente da Associação Desportiva e Cultural de Aboim-Sabadim (ADECAS), Filipe Brito, contou ao JN que a operação envolveu “cerca de 70 pessoas” das freguesias de Aboim das Choças e Sabadim e de outros pontos do concelho.
“Temos praticamente tudo limpo para preparar e começar a orçamentar, para mandar para os seguros. Fez-se limpeza de tudo o que ficou queimado. Estamos a limpar troféus e todo o material que ficou direito, para guardar e voltar ao local onde estava depois de se fazer a obra”, disse, comentando que a mobilização de voluntários “foi feita através da Internet”.
“As pessoas pediram para avisar quando fosse para vir para cá, nós avisamos que era hoje e as pessoas apareceram. A casa está cheia, desde crianças a pessoas de idade, diretores e atletas, veio toda a gente”, referiu, dizendo-se sensibilizado com o movimento de ajuda que se gerou. “Não é brincadeira isto. É muito agradável ver esta gente toda aqui, desta forma. Há uma gratidão enorme por parte da direção, porque o que o pessoal está a fazer é mesmo de louvar”, concluiu.
Recorde-se que um incêndio consumiu a sede da ADECAS, cobrindo de cinzas o chão, o teto e as paredes, forradas com prateleiras exibindo dezenas de troféus. O fogo, que terá resultado de um curto-circuito, começou por volta das 5 horas de domingo e deixou as instalações - que incluem um salão de festas - sem quaisquer condições.
O ADECAS dedica-se à formação e competição de futebol, mas também a atividades de OTL (ocupação dos tempos livres), das 17 às 20 horas, para crianças a partir dos cinco anos, durante todo o período escolar. No dia a seguir ao incêndio, Filipe Brito contou que “recebeu inúmeras chamadas de empresas, instituições e pessoas, a oferecer todo o tipo de ajuda”.