Portagens gratuitas para transporte de mercadorias na CREP a partir de 1 de janeiro
A partir de 1 de janeiro do próximo ano, os veículos de transporte de mercadorias vão deixar de pagar portagens na CREP. Falta decidir se a isenção vai ser durante todo o dia ou apenas em horários específicos. A medida, anunciada pelo ministro Pinto Luz, visa reduzir o trânsito de pesados na VCI.
Corpo do artigo
"A redução do tarifário na CREP vai ser drástica", anunciou o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, no final de uma reunião com o Conselho Metropolitano do Porto (CMP), esta quinta-feira.
O ministro anunciava, assim, uma das medidas acertadas entre Governo, autarcas e Infraestruturas de Portugal (IP) para procurar reduzir a circulação de pesados na Via de Cintura Interna no Porto (VCI). Um trabalho que está a ser feito desde novembro.
Trata-se de uma reivindicação da Câmara do Porto desde 2013: a isenção de portagens na Circular Exterior do Porto (CREP), também designada por A41, para os veículos de transporte de mercadorias.
Pinto Luz falou em portagens "tendencialmente gratuitas". E explicou que isso quer diz que, nos próximos cinco meses, vai ser estudado se a gratuitidade deverá ser aplicada durante todo o dia ou apenas em alguns horários específicos.
"Às 3 ou 4 horas da manhã não faz sentido que seja gratuitamente", concordou o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, considerando importante que não seja "afectado o transporte de passageiros".
Segundo o ministro das Infraestruturas, a isenção entra em vigor a 1 de janeiro do próximo ano. "É preciso montar pórticos, negociar com concessionários e há os prazos da contratação pública. É um prazo razoável", considerou Rui Moreira.
Também com o objetivo de reduzir o trânsito na VCI, o Governo decidiu avançar com um novo grupo de trabalho, semelhante ao que, em 2020, juntou as autarquias do Porto, Maia e Matosinhos e que levou à sugestão de 27 medidas, entre as quais a isenção de portagens na CREP para pesados. Desta feita, vai integrar também Gondomar.
"O grupo de trabalho vai definir medidas mitigadoras para dissuadir o trânsito de passagem, encontrar medidas que ainda não estão consensualizadas, no prazo de quatro, cinco ou seis meses", antecipou o ministro.