O portinho de pesca de Vila Praia de Âncora finalizado deverá ser alvo de reconfiguração, com a construção de um anteporto, até 2026.
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A obra de correção da infraestrutura portuária, há muito reclamada pela classe piscatória, devido ao seu assoreamento constante e risco que oferece para a atividade, por alegadas deficiências da construção de raiz, deverá custar, no mínimo, 15 milhões de euros.
A informação foi avançada esta terça-feira, em comunicado, pela Câmara Municipal de Caminha, após visita ao local pela Secretária de Estado das Pescas, Teresa Coelho.
“O projeto passa pela criação de um anteporto, conforme preconizam especialistas do Instituto Superior Técnico. Agora, e de imediato, será concluída a construção da maqueta e realizada a candidatura a financiamento para EIA (MAR 2020)”, informa a autarquia, liderada por Rui Lages (PS), indicando que “a previsão é de que até ao fim de 2024 possa estar concluído todo o processo burocrático e concretizada a solução, no terreno, nos dois anos seguintes, na melhor hipótese”.
De acordo com a câmara, Teresa Coelho terá esta terça-feira deixado em Vila Praia de Âncora “a garantia é de que este é um projeto prioritário e assim transitará para um novo Governo, seja ele qual for”. O autarca, Rui Lages, recordou que “longo tem sido o percurso que temos vindo a fazer no que concerne à requalificação do porto de mar de Vila Praia de Âncora, com décadas de existência e sem resultados”.
“Hoje estamos aqui a dar um grande passo para o futuro. Um passo de gigante”, disse ainda, defendendo para aquela infraestrutura portuária a concretização de “uma solução eficaz, que permita aos pescadores trabalhar mais marés”.
“Queremos entrar no mapa comercial de transação de pescado, promover a pesca, dinamizar a economia, dar condições de trabalho digno a quem tanto já sofreu com este porto de mar que agora temos”, afirmou.
A solução de construção de um anteporto resulta da seleção de uma de três soluções propostas no âmbito de um “Estudo de Reconfiguração do Portinho de Vila Praia de Âncora”, que foi apresentado no Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora em julho.
As próximas fases do projeto até à empreitada, desde conclusão da maqueta, candidatura à elaboração do Estudo de Impacto Ambiental e submissão do Estudo Prévio, até candidatura a financiamento e concurso público internacional, deverão demorar “sensivelmente três anos, se não houver entraves”.