O parque urbano da Lapa deverá ficar pronto em agosto do próximo ano. O anúncio foi feito pelo presidente da Câmara do Porto, na manhã desta segunda-feira, por ocasião do lançamento da empreitada. A nova área verde vai ocupar uma zona que, para Rui Moreira, era "um buraco negro da cidade".
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Ambição antiga da Autarquia mas também dos habitantes da zona, o parque urbano da Lapa irá ocupar os terrenos junto à linha do metro que foram adquiridos pela Mercan Properties, no âmbito do acordo estabelecido entre a Câmara e o grupo canadiano relativo ao licenciamento da unidade hoteleira ali construída. A nova zona verde vai ocupar uma área de 1,7 hectares e é, segundo o autarca, "o último parque urbano" que é possível construir no centro da cidade.
O parque representa, em termos de investimento privado, cerca de três milhões de euros. Jordi Vilanova, presidente da Mercan Properties, referiu-se a esta parceria como um "exemplo eloquente" do que pode ser feito em conjunto entre os setores público e privado e classificou o futuro parque como "um refúgio natural para os cidadãos".
A vocação ambiental não irá esgotar-se no espaço verde em si. Segundo Rui Moreira, o parque vai permitir criar uma bacia de retenção de águas pluviais, para aproveitamento.
"É o último parque urbano que podemos construir no centro da cidade", referiu o autarca aos jornalistas, no final da cerimónia do lançamento da primeira pedra, acrescentando que o acordo para a construção do hotel foi "um excelente negócio".
Rui Moreira chegou mesmo a dizer que com a construção do parque há "um buraco negro da cidade que fica preenchido" com um conjunto de valências. "Lembro-me de andar aqui em 2013 e de ver as pessoas a atravessar por aqui, por um descampado, que não tinha o mínimo de condições", justificou, frisando que hoje as ruas de Cervantes e de Alves Redol estão reabilitadas e que há na zona um conjunto de casas "que estavam abandonadas e estão a ser reabilitadas". De futuro, irá ser construída ali perto uma residência para idosos.
Abordado pelos jornalistas a propósito dos problemas em torno da UNIR, a nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto, o autarca reiterou que os operadores "têm de utilizar os trajetos e têm de utilizar os pontos de carga e descarga de passageiros definidos pela Câmara Municipal".
"Esse assunto para nós era absolutamente claro, são regras que nós impomos. Também impomos que esse serviço não volte a tentar ir buscar passageiros que são da STCP. A STCP tem o exclusivo na cidade do Porto", disse Rui Moreira, lembrando que devem usar os terminais para o efeito: "Nós não permitiremos que outros operadores carreguem e descarreguem passageiros dentro da cidade".