A Assembleia Municipal do Porto aprovou, esta segunda-feira, e por unanimidade, uma moção que interdita a passagem de camiões na VCI e, ao mesmo tempo, os isenta do pagamento de portagens na A41 (CREP). A medida tinha sido já aceite em reunião de Câmara da semana passada.
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A mobilidade foi o primeiro tema a ser abordado numa sessão que ficou marcada pelas diferentes reivindicações dos grupos municipais, num desejo de uma cidade diferente e mais adaptada aos seus munícipes. A interdição de camiões na VCI, exceto os que efetuam cargas e descargas na cidade, foi uma das sete moções apresentadas antes da ordem de trabalhos definida para a reunião que, pela terceira vez, não contou com a presença do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira. Apenas a recomendação da CDU foi recusada.
O Porto quer ver erguido um monumento em homenagem à Revolução Liberal de 1820. Para o BE, o local ideal seria a Praça da República. Já o PAN sugeriu um aumento da criação de hortas comunitárias pela cidade, medida que também foi acolhida pelos deputados. Entre outras propostas, a Assembleia aprovou ainda o reforço de verbas para as juntas de freguesia do concelho.
Pessoas em situação de sem-abrigo
As preocupações dos grupos municipais agudizam-se, no entanto, com a incerteza da resposta da cidade à pandemia. A assistência a pessoas em situação de sem-abrigo foi uma das principais preocupações que estiveram em análise durante a sessão. Uma resposta a essa área terá de ser feita sempre através de um plano de contingência bem elaborado, garantiu a deputada do PSD Mariana Macedo, criticando as "medidas avulsas" da Autarquia.
A essas questões, o vereador da Habitação, Fernando Paulo, fez questão de responder: "Como sabem, a Câmara financia e tem contratualizada uma equipa multidisciplinar de rua, que conhece e sinaliza todas as pessoas que chegam à rua em 24 horas. E só conhecendo é que podemos ativar as respostas necessárias. Fazemos planeamento. A Câmara integra um conjunto de instituições e cada um cumpre a sua função".
Como preparação da resposta à pandemia, Rui Lage, do PS, alertou para a importância do orçamento municipal para 2021, que terá de estar pronto no final do próximo mês.