Póvoa de Varzim. “Que repitam muitas vezes! Alegra-nos a nós e aos clientes”
“Adoro a ideia do palco-bicicleta que permite levar a música aos sítios mais improváveis”, atira Beatriz Villar. O concerto encerrou, este sábado, um dia “em cheio” na Praça de Natal do Mercado Municipal da Póvoa de Varzim.
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Houve neve com fartura, muitas crianças para ver o Pai Natal, um "showcooking" de rabanadas e, claro, animação todo o dia. Clientes e comerciantes elogiam a iniciativa e pedem “bis”.“Que repitam muitas vezes! Alegra-nos a nós e aos clientes”, diz Maria Felicidade Silva, que vende frutas e legumes no mercado há 38 anos. Por ali, frisa, a animação é sempre bem-vinda e, dos clientes, ao longo destes quatro dias, só ouviu “elogios”: “As pessoas adoraram!”, remata, sorrindo, já pronta e na primeira fila para ouvir o fado de Coimbra dos Beatriz Villar.
Beatriz é o rosto do projeto que tomou o seu nome e reúne cinco amigos de Coimbra. Não escondia o entusiasmo: “Adoro mercados! O cheiro, as cores… É um sítio fantástico e este concerto é uma espécie de presente que oferecemos às pessoas”. O repertório encheu-se de fados de Coimbra e canções populares portuguesas. Estava ali parte de “Viragem” o primeiro álbum do grupo, que, em 2022, acabou nomeado para os Prémios Play da Música Portuguesa.
Maria Dinis já tinha fechado a banca do peixe. Parou a ver o espetáculo e acabou por ficar. “Adoro fado”, sublinha, elogiando em seguida a “voz de categoria” da jovem Beatriz. Por ali, o sábado é sempre o dia forte das vendas e, ontem, não foi excepção. Ainda assim, frisa, o negócio do Mercado “já viu melhores dias” e estas iniciativas “ajudam a trazer mais clientes”. “Gostei muito dos pratos do chef [Joaquim Rasquete], a decoração está muito bonita e a iniciativa trouxe alegria ao nosso mercado. Os clientes também gostaram”, rematou a peixeira, que vende ali desde a inauguração do mercado, em 1982. Foi o primeiro ano da Praça de Natal no Mercado da Póvoa e, agora, Maria Dinis só tem um desejo: “Deviam fazer isto mais vezes”.
“A iniciativa é muito boa. O nosso mercado vai ser conhecido mundialmente através das redes sociais e isso chama mais pessoas”, sublinhou Miguel Ribeiro, talhante. “Estas coisas fazem muita falta. Dá ânimo a quem vende e traz alegria ao Mercado. Estes dias andamos todos mais alegres”, acrescentou a vendedora de fruta Maria Felicidade Silva.