A VianaPolis informou que "das 105 frações do prédio Coutinho, seis estão por entregar e são habitadas por nove pessoas", estando em curso negociações com vista a um acordo com os últimos moradores.
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"Continuam a decorrer contactos com os residentes no sentido de uma saída voluntária, estando a VianaPolis disponível para chegar a acordo como chegou com os proprietários de 22 frações que, na segunda-feira, entregaram voluntariamente as chaves dos apartamentos", sustentou à agência Lusa fonte da sociedade que gere o programa Polis de Viana do Castelo que prevê, desde 2000, a demolição do imóvel de 13 andares.
A fonte da VianaPolis "apelou ao bom senso dos ocupantes das frações do edifício Jardim para que cumpram a lei e as decisões dos tribunais".
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Adiantou que a "sociedade foi notificada pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga (TAFB) da ação de intimação pela defesa dos direitos liberdades e garantias, movida pelo advogado dos moradores. "Não tendo esta notificação efeitos suspensivos, a VianaPolis irá responder ao tribunal dentro do prazo previsto", referiu.
A fonte daquela sociedade explicou que "só podem entrar no edifício pessoas autorizadas".
"Os moradores podem sair livremente. A entrada só com autorização da VianaPolis", reforçou, adiantando que "a suspensão do fornecimento de água ao prédio já foi concretizada e que ainda hoje será cortado o abastecimento de gás".
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O advogado dos moradores, Magalhães Sant'Ana, informou esta terça-feira que o tribunal aceitou a ação de intimação pela defesa de direitos, liberdades e garantias dos últimos moradores do prédio Coutinho, em Viana, apresentada na passada quarta-feira.
Segundo Magalhães Sant'Ana, a providência cautelar movida na segunda-feira de manhã junto do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga continua a aguardar decisão.
O advogado falava aos jornalistas à porta do edifício de 13 andares, lamentou a forma "bizarra" como está a ser feita esta ação de despejo, considerando até que os últimos moradores do edifício "estão sob sequestro".