É a casa mais cara do empreendimento de luxo junto à Ponte da Arrábida. Restantes preços variam entre 525 mil e 650 mil euros. Obras a bom ritmo.
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Os apartamentos do polémico empreendimento de luxo em construção junto à Ponte da Arrábida, no Porto, já estão à venda. Depois de sair de um embargo que durou um ano e três meses, a imobiliária Arcada, promotora da obra, retomou a todo o gás a empreitada e os apartamentos já foram colocados no mercado. Os preços variam entre 525 mil euros por um T2 e os 2,65 milhões de euros por uma habitação T4 na cobertura. Um T3 custa 620 mil euros e um T4 650.
De acordo Manuel Caetano, administrador da promotora Arcada, citado pela Lusa, a estrutura da primeira fase do empreendimento - prédio com 10 andares e 38 habitações - deverá estar concluída no final do mês.
A empreitada foi retomadas em finais de abril, depois de ter sido conhecida a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto que absolveu a Câmara do Porto na ação em que o Ministério Público (MP) pedia a demolição da obra, a expensas da Autarquia. O MP pedia a nulidade de um conjunto de atos administrativos assumidos entre 2009 e 2017, como a aprovação do pedido de informação prévia pelo vereador do Urbanismo, em 2009.
Segunda fase
Além disso, alegava que o prédio estava a ser construído em terrenos de domínio público fluvial, sem ter sido pedido parecer à Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo.
O tribunal não lhe deu razão, considerando que a sua tese estava baseada em "pressupostos errados e incongruentes". A decisão do tribunal ainda não transitou em julgado.
Além do prédio de 10 andares com 38 habitações de luxo, o projeto prevê uma segunda fase - um edifício e 16 pisos e 43 fogos. Esta ainda não avançou porque, diz o administrador, aguarda-se que transite em julgado para solicitar a licença para a segunda fase.
Detalhes
Prejuízo de milhões
A Arcada estima ter tido prejuízos que rondam os 40 milhões de euros após a obra ter sido embargada.
Ligações furtadas
Quando foram retomados os trabalhos, foi necessário proceder à retirada de uma laje em ferro que estava deteriorada e refazer todas as ligações elétricas que foram furtadas do local.