Apesar da Declaração de calamidade pública decretada pelo Governo, que vigora desde as 14 horas de sexta-feira e até às 24 horas de segunda-feira, que, entre outras medidas preventivas, proíbe a caça em 155 concelhos de Portugal, a mesma não vai ser cumprida na totalidade dos municípios.
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O despacho conjunto publicado pelo executivo de António Costa justifica que, durante este período, existe "a proibição do acesso, circulação e permanência no interior dos espaços florestais definidos nos Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios, bem como nos caminhos florestais, caminhos rurais e outras vias que os atravessam".
Tal como o JN divulgou, a GNR está a promover uma campanha de divulgação das medidas, designadamente a proibição de caça, através de uma campanha, cuja imagem é uma arma de caça pendurada num prego.
Durante a tarde deste sábado, na sua página de Facebook, o presidente da Câmara Municipal de Mértola, conhecida como "Capital Nacional da Caça", esclarece que "após vários contactos, a GNR, posto de Mértola, confirmou que se pode caçar em todo o concelho, em todas as zonas de caça".
O edil começa por dizer que, por "interpretação exagerada de alguns", já não se podia caça no concelho, acrescentando que na sua interpretação, o despacho do Governo, justifica Jorge Rosa, "não interditava a caça", concluiu.
O presidente da autarquia mertolense, eleito pelo Partido Socialista, sustenta que, após as explicações da GNR, vai abrir a época de caça "como previsto", concluindo o seu esclarecimento com o desejo de "bom início de época e boa época de caça a todos, em Mértola Capital Nacional da Caça", remata.
Recorde-se que a caça à rola-brava começa este domingo em Portugal, mas declaração de calamidade pública deveria limitar esse direito nos 155 concelhos abrangidos pela declaração de calamidade pública.