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As hostes comunistas esfregam as mãos de contentes com o anúncio do movimento "Unidos por Mértola e pelas Pessoas" em candidatar o socialista e antigo presidente da câmara, Jorge Pulido Valente à liderança autárquica.
Presidente de edilidade da "Vila Museu" entre 2001 e 2008, Valente deixou Mértola antes do final do mandato para se candidatar a Beja, onde também viria a ganhar e a cumprir um mandato. Se em 2001 colocou fim à liderança dos comunistas em Mértola, agora com a disputa do eleitorado socialista com o candidato do PS, pode levar à "entrega em bandeja" do Poder à CDU.
Depois da derrota de 2017, a 15 pontos percentuais de distância do PS, a CDU aposta agora no empresário Luís Morais Costa, que há quatro anos foi o candidato derrotado na candidatura à Junta de Freguesia de Mértola.
O atual presidente da Câmara de Mértola, Jorge Rosa, chega "ao fim da linha" por força da lei de limitação de mandatos. O vice-presidente Mário Tomé assume a candidatura que vai tentar manter o município sob égide socialista. Tomé é o atual responsável pelo pelouro da Proteção Civil e foi o rosto e a voz da autarquia na luta contra o covid-19, que vitimou mais de duas dezenas de utentes do lar da Santa Casa.
Nos escaparates surgiu entretanto o movimento independente "Unidos por Mértola", que apresentou um manifesto em que um dos primeiros subscritores é Jorge Pulido Valente, o autarca que em 2001 retirou os comunistas do poder. É voz corrente que pode encabeçar uma candidatura.
O Chega apresenta-se com Teresa Sequeira, jurista na Câmara de Tavira.