Os professores cumprem, esta quarta-feira, mais um dia de greve. Em Famalicão, docentes e não docentes de todo o concelho estão a fazer uma arruada desde a escola D. Sancho até ao centro da cidade. A escola Camilo Castelo Branco e a Júlio Brandão estão encerradas.
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Miguel Cunha, professor da Secundária Camilo Castelo Branco, mostra se "espantado" com as declarações de António Costa, que diz que há um erro de interpretação quanto à " municipalização" da educação.
Pois a " luta" dos docentes e do pessoal não docente vai além da " municipalização". A esta reivindicação junta-se, segundo Miguel Cunha, por exemplo, os "salários miseráveis", as quotas na avaliação, a contagem do tempo de serviço.
O docente reconhece que estas greves estão a causar impactos nas famílias mas refere que "não há outra forma" de se fazerem ouvir.
Isabel Sá, professora de Educação Visual e Tecnológica, há 17 anos, na Secundária Camilo Castelo Branco, diz que este é o "momento ideal" para continuar a reivindicar. Considera o "desrespeito" a que os docentes têm sido sujeitos "desmotivador".
"Estamos à espera que o Governo se sente à mesa connosco e ouça, para nos devolver alguma dignidade", conclui Miguel Cunha.