Cerca de 12 professores do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto juntaram-se, na manhã desta segunda-feira, para fazer um protesto em frente à escola.
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No segundo dia da greve nacional da classe, organizada pelo Sindicato de Todos os Professores (STOP), estes docentes não se limitaram a faltar às aulas e foram para a porta da escola sensibilizar alunos e encarregados de educação para as razões do protesto. "Estamos a fazer uma abordagem diferente. Os professores vêm para a escola, enfrentam a chuva, o vento e o frio mas esta é uma força que vem de dentro da classe", disse, ao JN, Ana Silva, uma das docentes que participou no protesto.
O grupo quis, num contacto direto, explicar o porquê de criar alguns constrangimentos às famílias. "Alguns encarregados de educação ficaram surpreendidos, mas a maior parte acaba por perceber as razões da nossa luta", explicou Ana Silva.
Esta docente foi a porta-voz de um grupo de professores que decidiu aderir à greve nacional porque "são constantes as perdas de direitos e as desconsiderações. Cada vez somos mais precários e a classe fica cada vez mais envelhecida. São ataques constantes aos professores", considerou.
No Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto os maiores constrangimentos têm sido sentidos na EB da Mota, que esteve encerrada dois dias, e no mesmo Centro Escolar.
Recorde-se que este protesto foi convocado pelo STOP contra as propostas de modelo de concurso de colocação de docentes e a contabilização integral do tempo de serviço e a possibilidade de um professor poder reformar-se depois de 36 anos de serviço.