O resgate das vítimas do deslizamento de terras ocorrido na segunda-feira em Borba (Évora) vai envolver a drenagem de águas da pedreira e a utilização de equipamento para detetar viaturas submersas, revelou a Proteção Civil.
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"Vamos instalar moto-bombas de grande débito, de grande capacidade, para drenar a água naquele poço e, se as condições de segurança o permitirem, iremos também iniciar uma delicada operação de desencarceramento e de desobstrução com o apoio de uma grua", revelou o comandante distrital de Operações de Socorro de Évora (CODIS), José Ribeiro.
Em simultâneo, acrescentou o responsável, "no local" da pedreira "onde ocorreu o deslizamento mais significativo de massa", as autoridades vão também, "durante a tarde, utilizar um equipamento de deteção, com o apoio de uma grua, que permita identificar o local onde estão as duas viaturas" submersas.
Entre as vítimas, apurou o JN, estarão dois cunhados, de Bencatel, que se deslocavam a Borba. Um idoso, de Alandroal, dado como desaparecido na segunda-feira, pode ser outra vítima do desabamento, disse a GNR.
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José Ribeiro, que falava em conferência de imprensa no quartel dos Bombeiros Voluntários de Borba, destacou a "complexidade" das operações em curso, sublinhando que vão ser "morosas e difíceis".
O proprietário de uma das pedreiras afetadas, Jorge Simões, diz que já reuniu com a Proteção Civil e que disse que ia colaborar nos trabalhos. "Já mandei vir bombas que tinha noutros locais para fazer isto o mais depressa possível", disse, sustentando que a estrada que ruiu tinha segurança.
"A segurança estava lá", disse Jorge Plácido Simões, proprietário de uma pedreira, desativada, das duas afetada pela derrocada. "Não quero estar a exagerar, mas havia uma margem de cinco seis metros para a estrada. A pedreira tinha um muro e rede de proteção", acrescentou, em declarações à SIC Notícias, esta terça-feira de manhã.
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