Um acesso em terra batida junto à ponte da Formigosa, em Vale de Juncal, Mirandela, esteve na base de um protesto de dezenas de habitantes das localidades da margem direita e esquerda do rio Tuela, ontem de manhã.
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O caminho está próximo da EN315, que está a ser alvo de obras de beneficiação, entre Mirandela e Rebordelo, e a EP preparava-se para fechar o acesso quando vários populares, incluindo o presidente da Junta de Carvalhais, não deixaram. A GNR foi chamada ao local para acalmar os ânimos.
A discussão gira à volta da denominação do caminho. Público ou privado? A população servida pelo caminho alega que se trata de um terreno público e, por isso, defende que deve continuar aberto.
O presidente da Junta de Carvalhais confirma que, na segunda-feira, ao ver as pedras no acesso ao caminho, mandou retirá-las. Ontem, as pedras voltaram a ser colocadas e a EP preparava-se para fechar o acesso, quando dezenas de pessoas não permitiram.
“Há aqui um caminho público e com as obras foi cortado. Puseram pedras e retirámo-las”, refere António Jacob. “Quem vem de Valpaços atalha por aqui há muitos anos e não aceitamos que tentem fechar um caminho que sempre foi público”, sublinha.
Um habitante de Contins explica que o início do caminho rural estava junto à ponte da Formigosa, mas, há 18 anos, foi fechado pelo novo proprietário de um terreno anexo. No entanto, na altura não houve contestação porque o acesso ficou precisamente nesse terreno, escassos metros mais acima. O filho do proprietário do terreno diz que houve invasão de propriedade privada e desmente que exista qualquer caminho público.