Uma centena e meia de pessoas manifestou-se esta quinta-feira junto ao Ministério da Economia contra a reformulação da rede de transportes da Área Metropolitana de Lisboa.
Corpo do artigo
O protesto, convocado pela Plataforma das Comissões de Utentes da Carris (PCUC), iniciou-se no Largo de Camões, onde os manifestantes aprovaram uma moção, e prosseguiu para a porta do Ministério da Economia.
Em declarações à Agência Lusa, um dos integrantes do movimento de utentes, Carlos Moura, afirmou que o protesto visa "defender a qualidade" do transporte público.
"Aquilo que este Governo pretende fazer é impor aos utentes um recolher obrigatório. O que está em causa é a privatização dos transportes e a perda de qualidade", alertou.
Segundo a PCUC, a reformulação da rede de transportes da Área Metropolitana de Lisboa prevê, entre outras medidas, a supressão de 23 carreiras e a redução em duas horas do funcionamento do Metropolitano.
Na semana passada, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, admitiu que fechar o metro às 23 horas, tal como consta da proposta de reestruturação do sistema de transportes, "não faz sentido" em nenhuma capital europeia, mas essa garantia não convence a PCUC.
"Não acreditamos, porque já por várias vezes voltaram com a palavra atrás. Não vamos baixar os braços e vamos continuar a lutar", prometeu Carlos Moura.