O vereador socialista na Câmara de Braga Artur Feio alertou esta segunda-feira, em reunião do Executivo, que o parque de estacionamento da Cangosta da Palha, na Rua do Raio, tem “problemas estruturais graves”, sublinhando mesmo que há "risco de colapso”.
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O parque é explorado pelo Município, mas o edifício pertence à Universidade do Minho, já que está integrado no que outrora foi a Escola do Magistério Primário, edifício entregue pelo Estado à instituição.
O PS apelou à realização de obras urgentes, pondo em causa a possibilidade de o espaço continuar a ser utilizado como parque de estacionamento. “Não tem condições estruturais, há risco, embora não iminente, de colapso”, reiterou Artur Feio.
Em resposta, o presidente da Câmara, Ricardo Rio (PSD/CDS), lembrou que o parque é da Universidade do Minho: “Outrora, em Braga, faziam-se coisas em que as questões formais eram manifestamente descuradas. Houve um acordo tácito entre a Universidade e a Câmara, que permitiu à Câmara construir e gerir o parque”, sublinhou.
Ricardo Rio concedeu que há intervenções no parque que “são muito necessárias”, mas sublinhou que a Câmara não as pode realizar, por ser a dona do espaço. “Não tem havido disponibilidade da Universidade para a transferência definitiva da propriedade. A UMinho entende que há situações dúbias naquilo que suscitou a autorização de construção do próprio parque de estacionamento, não faz a mesma leitura que nós fazemos em relação à titularidade do espaço. Nós achamos que a Câmara não tem de pagar nada pela titularidade do espaço, a universidade tem defendido que sim”, referiu.
O autarca defendeu que o assunto é urgente, considerando que, se as obras não avançarem a curto prazo, poderá estar em causa a continuidade do parque e adiantou que há ainda outros problemas que foram suscitados ao longo do tempo, antes de 2013, como a concessão de acesso a prédios contíguos e de alienação de lugares no parque a título vitalício.
“Há todo o interesse em resolver a situação e temos sensibilizado a Universidade para que haja uma solução definitiva para a ultrapassagem desta entropia administrativa, com que fomos confrontados já no início do nosso primeiro mandato”, disse ainda Ricardo Rio.