PSD acusa Câmara de Espinho de renunciar à representação no hospital, autarquia nega
A Comissão Concelhia do PSD de Espinho afirma ter “grande preocupação” pela decisão do executivo autárquico socialista "renunciar à representação no Conselho de Administração do Hospital Gaia-Espinho”. A Câmara diz que se tratam de declarações “falsas e imprecisas”.
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Em comunicado, a Concelhia do PSD considera que a ausência de representatividade neste conselho de administração “compromete diretamente a defesa dos interesses da população de Espinho” e que “limita a capacidade de influenciar decisões cruciais para a gestão hospitalar e os serviços de saúde no concelho”. Para o presidente da estrutura local social-democrata, Ricardo Sousa, esta ausência “representa uma oportunidade perdida de assegurar que as vozes e as necessidades dos cidadãos de Espinho sejam devidamente consideradas em decisões sobre a gestão do hospital”.
Confrontado com esta declarações, o município de Espinho diz que não se pronuncia “sobre afirmações que, sendo falsas e imprecisas, como facilmente se pode constatar, entram mais na esfera do debate partidário e eleitoral do que no âmbito da governação e gestão autárquica”. É acrescentado que, com esta atitude, a autarquia pretende “evitar contribuir para uma desqualificação do debate público, especialmente em matérias tão relevantes como as da Saúde”.
A mesma fonte lembra que o estatuto do serviço nacional de saúde determina que o conselho de administração do estabelecimento de saúde, E. P. E., que assuma o modelo de Unidade Local de Saúde é composto por um presidente e um máximo de cinco vogais executivos, incluindo até dois diretores-clínicos, um enfermeiro-diretor, um vogal proposto pelo membro do Governo responsável pela área das finanças e um vogal proposto pela Comunidade Intermunicipal, ou pela Área Metropolitana, consoante a localização do estabelecimento de saúde, E. P. E., em causa.
“Daí resulta, desde logo, que seja não só falsa como incorreta a afirmação de que o Município de Espinho tenha abdicado de um representante no Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Gaia e Espinho considerando que nunca assistiu ao Município essa prorrogativa”, esclareceu a mesma fonte ao JN.