O PSD de Valongo critica o custo da Casa da Democracia Local de Valongo, que vai ficar por 22 milhões de euros. O vereador Miguel Santos acusa o presidente da Câmara, José Manuel Ribeiro, de “megalomania” e de ter cometido “um erro” que os munícipes vão “pagar durante 23 anos”.
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Num vídeo, que colocou a circular nas redes sociais, o vereador social-democrata Miguel Santos diz que tinha razão quando, na campanha das autárquicas de 2021, avisou que a Casa da Democracia Local iria custar mais de 20 milhões de euros.
“Afinal, errei na campanha autárquica em Valongo, quando fui candidato a presidente da Câmara: pelos meus cálculos, a megalomania do candidato socialista José Ribeiro em construir um grande edifício para a câmara custaria 20 milhões de euros. Durante a campanha sempre negou”, aponta Miguel Santos.
A construção da Casa da Democracia Local, que vai servir de sede à Câmara Municipal, arrancou a 5 de agosto de 2021. A obra deveria custar 10,6 milhões de euros e estar concluída em dois anos. Mas, em março passado, foi suspensa, levando a Autarquia a aplicar uma sanção contratual no valor de 870.423,68 euros e a emitir uma ordem de reforço dos meios de produção, que não foi cumprida pelo empreiteiro.
Em maio passado, a Câmara acabou por aprovar a rescisão do contrato com a Tecnifeira - Engenharia e Construção, S A, acusando o empreiteiro de incumprimento contratual. Agora, para a continuação e conclusão da Casa da Democracia Local, prevê-se um investimento de 14.840.000 euros acrescido de IVA (o que dá 18.253.200 euros), segundo uma proposta de autorização prévia de realização de investimento, que já foi ratificada em Assembleia Municipal e prevê a contratualização de um empréstimo a médio e longo prazo.
“Valongo vai pagar este erro por 23 anos, todos os meses”, considera o vereador do PSD, acusando o presidente da Câmara, o socialista José Manuel Ribeiro, de “ligeireza” ao admitir que a nova sede da Autarquia vai acabar por custar um total de 22 milhões de euros.