A distrital do PSD do Porto e respetivas concelhias vão requerer uma reunião "com caráter de urgência" ao grupo parlamentar do partido e ao Ministério das Infraestruturas, já que o fim das ex-scut, aprovado em Assembleia da República, não abrange o distrito do Porto.
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Começando por demonstrar "o total repúdio" pela aprovação, em Assembleia da República, do fim das ex-scut (sobretudo no interior e no Algarve), e denunciando a "forma despudorada" como o projeto de lei foi apresentado e aprovado pelo PS e pelo Chega, a distrital do PSD do Porto e respetivas concelhias diz que vai pedir uma reunião urgente ao grupo parlamentar do partido e ao Ministério das Infraestruturas.
Isto porque a medida "não abrange nenhuma ex-scut do distrito do Porto, ou seja, A41, A42, A29, bem como diversos pórticos na A4 e A28". Ao mesmo tempo, a distrital, cujo presidente é Sérgio Humberto, autarca da Trofa, mostra-se "espantada" porque "poucos vieram a terreiro insurgir-se contra tamanha injustiça".
De acordo com a distrital do PSD, "a proposta do atual Governo previa uma redução gradual e transversal ao país".
Também o PCP já criticou a exclusão do distrito do Porto do fim das portagens.
"Silêncio comprometido" de autarcas socialistas da região
Num comunicado enviado às redações, o PSD do Porto diz que o distrito, no qual se inclui a área do Tâmega e Sousa, apresenta "desigualdades gritantes na mobilidade, transportes públicos e em vários locais no acesso a serviços e equipamentos como hospitais, estabelecimentos de Ensino Superior ou serviços de cultura e turismo".
"O Porto exige respeito do Partido Socialista, cuja proposta foi aprovada, pelo direito à mobilidade das suas populações e pela competitividade de milhares de micro, pequenas e médias empresas, aumentando o rendimento disponível das famílias e a competitividade das empresas, pois além da sua importância económica para o país, é hoje uma das principais portas de entrada e saída de mercadorias e de incremento das exportações da própria Península Ibérica", escreve a distrital do PSD, referindo os 1,8 milhões de pessoas que residem na região e não vão beneficiar da medida.
O partido lamenta ainda "o silêncio comprometido, cúmplice e submisso de diversos presidentes de Câmaras Municipais socialistas do distrito do Porto, ignorando a proposta apresentada, defendida e aprovada pelo seu partido e que não sejam capazes de levantar a sua voz em defesa da população que neles confiou".