O presidente da Câmara de Paredes, Alexandre Almeida, sustentou, novamente, que não vai admitir falta de água em partes do concelho nem que a água não tenha a qualidade necessária "por deficiência dos subsistemas". "Se houver necessidade de investimentos, serão feitos", frisou Alexandre Almeida. "Queremos respeitar a autonomia dos subsistemas, mas eles têm de funcionar como deve ser".
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"Se não tiverem capacidade de fazer investimentos", manter o abastecimento e a qualidade da água, os subsistemas de água que existem em algumas freguesias do sul do concelho de Paredes "terão de reconhecer que não têm condições para manter a atividade", afirmou Alexandre Almeida.
O autarca respondia ao JN, depois de os vereadores eleitos pelo PSD, em reunião de executivo, terem questionado se, o facto de a autarquia estar disposta a fazer obras nas redes desses subsistemas, mas apresentar fatura, para ser ressarcida, não levaria à "asfixia financeira" desses subsistemas e o que aconteceria se estes não conseguirem pagar.
"Podemos estar perante uma integração forçada dos subsistemas nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS)? A intervenção do município para garantir a qualidade da água não irá levar, mais à frente, a que haja uma integração dos subsistemas por falta de capacidade financeira?", perguntou Sandra Martins do PSD.
O presidente da Câmara de Paredes garantiu mais uma vez que não vai admitir falta de água em partes do concelho, nem que a água não tenha a qualidade necessária.
Questionado pelo JN sobre o que acontece se os subsistemas não pagarem os investimentos feitos pelo município, o presidente da Câmara de Paredes referiu que se estes "chegarem à conclusão que não têm condições para manter a quantidade e a qualidade da água é porque não têm condições de funcionar". "Se não tiverem capacidade de fazer investimentos e de nos ressarcir desses valores, terão de reconhecer que não têm condições para manter a atividade. E se deixarem de estar no mercado terão de ser os SMAS a assumir essa competência", acrescentou o autarca, sem admitir, no entanto, a "integração". Mas, caso cessem atividade no fornecimento de água, as cooperativas e juntas de freguesia terão de ser "ressarcidas" dos investimentos feitos na rede existente, concordou.
Para breve, estão agendadas reuniões com os subsistemas para clarificar essas situações.
Em março, garantiu, o processo de transição dos funcionários e equipamentos da concessionária para os SMAS fica fechado, como previsto, e passam a ser os SMAS a faturar a água.