Proposta a apresentar na próxima reunião de Câmara de Matosinhos inclui residências para alunos.
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Há dois terrenos para onde o PSD de Matosinhos perspetiva a construção de um campus universitário, numa parceria público-privada que poderá servir como expansão do pólo da Asprela. Ambos ficam em S. Mamede de Infesta e estão, diz o vereador da Câmara de Matosinhos, Bruno Pereira, classificados como Área Urbana Disponível a Consolidar: um fica perto do ISCAP, e outro mais perto da Via Norte, onde está a fábrica da Nestlé. Tanto um como outro, nota, serão servidos pela futura linha de metro de S. Mamede.
A proposta será apresentada na próxima reunião de Executivo e perspetiva a construção de pelo menos quatro edifícios, que poderão acolher, "de forma progressiva", até duas mil camas, e um outro para um centro de investigação, a ocupar, eventualmente, por uma ou mais faculdades da Universidade do Porto.
"Com este projeto, liberta-se também habitação para famílias e jovens naquela zona, atualmente arrendada a preços proibitivos"
Para Bruno Pereira, "faz sentido abrir condições e criar um campus, sendo certo que a crise da habitação afeta muito os universitários". Aliás este projeto poderia combater os preços "proibitivos" que também já se fazem sentir nas residências privadas que surgiram, precisamente, naquela zona. Quanto ao modelo de financiamento, já que o investimento ascenderia a alguns "milhões de euros", o objetivo do vereador social-democrata é que a Câmara de Matosinhos aproveite este projeto para submeter uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência. Para isso, nota o vereador, "é preciso, até 2026, apresentar a candidatura".
Para turismo no verão
O custo do projeto dependerá do tipo de quarto a construir: os edifícios poderão ter cozinha partilhada em cada piso, uma cantina, ou cada unidade dispor de uma "kitchenette". Para rentabilizar o investimento, durante o verão, os quartos poderiam ser utilizados para turismo.
O PSD nota que o projeto teria de ser desenvolvido em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. A construção seria realizada por privados, com cedência de terrenos e direitos de exploração por "75 anos", acrescenta.
Serviço completo
Na proposta do PSD, a que o JN teve acesso, pode ler-se que os estudantes universitários teriam acesso a um "serviço completo" nas residências, com despesas incluídas.
Produção de energia
Os socias-democratas sugerem construir um centro de produção de energia renovável, a utilizar pelo campus. O excedente seria vendido à rede pública de eletricidade.