O PSD do distrito da Guarda chamou a si a proposta que viabilizou os descontos de 50% nas ex-scuts e acusou o governo de falta de vergonha.
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A dois dias da entrada em vigor dos descontos de 50% nas portagens das antigas autoestradas sem custos para o utilizador (Scuts), o PSD do distrito da Guarda convocou uma conferencia de imprensa junto a um dos viadutos da A23 na Guarda para "celebrar " a medida e acusar o governo de se apropriar da iniciativa quando o PS foi o único partido a votar contra a proposta social-democrata na Assembleia da República. " O PS vem agora dizer sem qualquer pingo de vergonha que está a cumprir o programa de governo quando votou contra a proposta num ato de traição contra os cidadão destes territórios de baixa densidade", afirmou o presidente do PSD da Guarda Carlos Codesso aos jornalistas. "Esta redução só é possível porque o PSD pela mão do deputado eleito pelo círculo da Guarda Carlos Peixoto a apresentou depois de 10 anos altamente penalizadores para as empresas e cidadãos do interior do país", prosseguiu o dirigente que também é candidato à câmara de Figueira de castelo Rodrigo nas próximas eleições autárquicas.
E os condutores de veículos elétricos?
"Inaceitável" foi a palavra dirigida ao governo pelo deputado Carlos Peixoto que redigiu a proposta de redução das portagens na ex-scuts por não haver condições de tornar efetivos os descontos de 75% para os veículos elétricos. "Teve mais de meio ano mas agora vem invocar razões técnicas para que esses descontos não operem já. É inaceitável e incompreensível", evidenciou o deputado do PSD. "Como de costume têm de ser os cidadãos a ter que reclamar os seus direitos retroativamente", sublinhou ainda Carlos Peixoto que também manifestou apreensão pelo facto de alguns troços como o túnel do Marão não estarem abrangidos pela lei dos descontos de 50%.
CIM paga 2 milhões para transportes urbanos
Para o presidente da Câmara da Guarda que também saudou a proposta do PSD, o desconto de 50% nas portagens "é fundamental para atenuar o prejuízo de milhões de euros no tecido económico da região". O autarca aproveitou ainda para sinalizar que deveria haver outras iniciativas idênticas do governo no que diz respeito aos transportes rodoviários. "Não se compreende como é que os passes sociais em Lisboa e no porto são gratuitos e as câmaras da comunidade intermunicipal tenha de desembolsar 2 milhões de euros para assegurar transportes urbanos aos cidadãos". Disse o autarca.